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Clippings - 17/07/09

Petroleira francesa diz que teve seus campos tomados no Equador

A petroleira francesa Perenco disse ontem que o Equador confiscou suas operações no país por causa de uma cobrança milionária de impostos, que são contestados pela empresa. O que eles fizeram foi assumir o controle das instalações, dos campos e das operações. É isso o que se chama de expropriação, disse o diretor da Perenco para América Latina, Rodrigo Márquez.

O governo do presidente Rafael Correa apresentou outra versão. Disse que a única medida tomada pela estatal Petroecuador foi enviar funcionários para a os blocos de exploração controlados pela Perenco para garantir que eles estavam [produzindo] normalmente. Isso porque a Perenco teria ameaçado suspender ontem as operações no Equador em meio à disputa com o governo.

Um porta-voz da estatal disse que os trabalhadores que atuam nos campos da Perenco não atenderam à ameaça da empresa de paralisar as operações e seguiam trabalhando normalmente.

Correa, um economista de esquerda, vem tentando ampliar a participação do Estado nos ganhos do setor petrolífero. Mas até agora pelo menos não adotou a receita venezuelana de estatizar empresas do setor.

Desde março, no entanto, vem mantendo sob controle estatal a maior parte da produção da Perenco como forma de garantir o pagamento de uma dívida de US$ 350 milhões impostos sobre ganhos excedentes que, segundo o governo, a empresa tem com o Fisco.

A Perenco extrai 22 mil barris por dia de dois blocos localizados na região amazônica. É o equivalente a 4,5% da produção nacional, que de acordo com dados de maio foi de 486 mil barris. O governo tenta comercializar cerca de 2 milhões de barris de petróleo confiscados da Perenco. Uma subsidiária da americana ConocoPhillips tem participação nos dois blocos operados pela empresa.

No ano passado a petroleira francesa abriu um processo o governo equatoriano e contra a Petroecuador questionando a legalidade da cobrança. O argumento da Perenco é que a cobrança viola o contrato que tem com o país.

Em meio, o centro de resolução de disputas do Banco Mundial disse que a Perenco estava certa e exigir que o governo deixasse de confiscar a produção até a resolução da disputa fiscal.(Fonte: Valor Econômico/Reuters)