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Clippings - 30/07/09

Petroleiras veem limitações

Dificuldades impedem reserva de mercado no pré-sal

A dificuldade operacional na contratação de serviços e equipamentos é o principal obstáculo à Petrobrás para tornar-se a única operadora do pré-sal, na opinião de dois executivos de petroleiras estrangeiras que atuam no Brasil. É difícil para qualquer empresa assumir uma postura deste porte, comentou o presidente da norueguesa StatoilHydro no Brasil, Jorge Camargo, que já atuou na área de Exploração e Produção da Petrobrás. Já a diretora de Novos Negócios da americana Chevron, Patrícia Pradal, teme essa reserva de mercado para a Petrobrás. Em sua opinião, seria um contraponto ao processo transparente que todos esperam que predomine na definição do novo marco regulatório.

Para ambos, a demora do governo para o novo marco não atrapalha os planos de investidores para o Brasil. O governo sabe o momento ideal para realizar o processo, disse Patrícia. Ela lamentou, no entanto, a demora, que impede a realização de novos leilões. Infelizmente isso vai adiando novos investimentos, novas decisões para investir no Brasil. Mas destaca, no entanto, que no caso da Chevron isso não se aplica, porque a empresa tem investimentos no Campo de Frade, que acaba de iniciar a produção.

Já Camargo destacou que a companhia atua em vários países sob as mais diferentes condições e contratos e está interessada em explorar o pré-sal no País, seja em áreas já adquiridas na Bacia de Campos e na Bacia do Jequitinhonha, ou negociando participação em áreas de outras empresas.

Com algo entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões para investir no Brasil nos próximos anos, a Statoil enxerga o País como principal ativo estratégico fora da Noruega hoje. Camargo também considera absolutamente normal o fato de o risco no pré-sal ter se mostrado maior do que se esperava. Quem é do setor sabe que a área de petróleo envolve riscos e não existe em hipótese alguma o risco zero.

Para ele, o porcentual de 30% de sucesso para a área do pré-sal no futuro, esperado pelos geólogos com base no indicador obtido na Bacia de Campos, é excelente. Já a diretora de Novos Negócios da americana Chevron, Patrícia Pradal, disse que falar em risco zero é estratégia de venda. Qualquer um que atue na área sabe que isso não existe.(Fonte: O Estado de S.Paulo/Kelly Lima)