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Clippings - 02/09/09

Petrolíferas sinalizam participação no novo modelo

As primeiras – e ainda escassas – manifestações das empresas petrolíferas que já operam no Brasil indicam a intenção de ampliar investimentos em exploração e produção de petróleo, o que significa atuar dentro do modelo de partilha da produção. A portuguesa Galp e a britânica BG deram sinais neste sentido ontem. A Galp, cujo presidente Manuel Ferreira de Oliveira esteve ontem com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, foi explícito na intenção de ampliar sua presença no país. Estaremos presentes em todas as licitações, mas não podemos especular o que resultará desta presença, afirmou o presidente da Galp.

Já a BG, em resposta enviada ao Valor, ponderou que a empresa pretende construir um planejamento de atividades de longo prazo no Brasil e espera continuar com a cooperação com o governo brasileiro dentro do novo marco regulatório. De acordo com a empresa, as propostas do governo precisam ser examinadas atentamente, antes da companhia expressar uma visão definitiva sobre o assunto. No entanto, recebemos bem do governo a garantia de que os contratos existentes não serão afetados pela nova legislação, acrescentou a empresa, em nota de sua assessoria de comunicação.

Oliveira mostrou apoio à mudança de regras. Hoje o risco caiu abruptamente, o marco regulatório tem que estar associado ao risco, explicou. A Galp é sócia da Petrobras em 50 projetos, entre eles seis na camada do pré-sal: Júpiter, Tupi, Iara, Iracema, Caramba e Bem-te-vi. Segundo ele, a visita teve caráter de apoio. Viemos hoje agradecer ao ministro Lobão pela qualidade do trabalho entregue ao Congresso e manifestar o compromisso da nossa presença aqui, disse o executivo da Galp.

O presidente da empresa portuguesa garantiu ainda que participará também da licitação das áreas de petróleo fora da região do pré-sal, que será realizada pelo governo. O ministro disse ontem que ela deverá acontecer em novembro. Para o presidente da Galp, o país adotou modelo praticado em outros países. Em 2000, quando foram feitas as primeiras licitações e não se conhecia o potencial do pré-sal e o risco era alto, o melhor era a concessão, no seu entender.

Oliveira disse ainda que vê como vantagem a participação da Petrobras como única operadora em todos os blocos do pré-sal, como prevê o projeto do governo. Segundo ele, se houvesse mais operadores teria necessidade de um entendimento profundo. Ferreira de Oliveira comemorou ainda o fortalecimento da Petrobras. Ele disse que parceria é isto, nos alegramos com o sucesso dos nossos parceiros.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, demonstrou preocupação com o novo modelo definido pelo governo para o pré-sal. Se as mudanças introduzidas gerarem desconfiança ou insegurança, ele advertiu que isso pode vir a sepultar os investimentos planejados por muitas empresas estrangeiras de petróleo e gás no país. (Fonte: Valor Econômico/De Brasília, São Paulo e Rio/Agências noticiosas)