As petrolíferas instaladas na Argentina terão de apresentar planos de investimento para aumentar em 15% a produção de gás e petróleo em dois anos. Caso contrário, as companhias poderiam perder suas concessões, segundo anunciou o governador da província de Chubut, Martín Buzzi, após reunião entre os governadores que integram a Organização Federal de Estados Produtores de Hidrocarbonetos (OFEPHI).
Os governadores reclamam especialmente da YPF, maior petrolífera do país, responsável por quase 60% das vendas de combustíveis. Buzzi disse que a YPF, controlada pela espanhola Repsol (58,23%) e pelo grupo argentino Petersen (25,46%), é uma das empresas que não cumprem os compromissos de investimentos.
O objetivo do governo é reverter a queda de 15% das reservas de petróleo e de 31% de gás, entre 2007 e 2010. Sem acesso aos mercados de crédito e fora da lista de países que atraem investimentos externos, os únicos dólares que entram no país são provenientes do Comércio Exterior.
A investida oficial contra a YPF começou em janeiro, com a denúncia de abuso de poder dominante junto ao organismo antitruste. A denúncia envolveu outras quatro petrolíferas, incluindo a Petrobras.