O objetivo é avaliar o compartilhamento da infraestrutura de escoamento, compressão, medição e processamento de gás natural detida pela 3R na Bacia Potiguar, uma vez que uma parte da produção da PetroReconcavo é escoada pelo Ativo Industrial Guamaré, da 3R

A PetroReconcavo e a 3R assinaram um Memorando de Entendimentos (MoU) para avaliar o compartilhamento da infraestrutura de escoamento, compressão, medição e processamento de gás natural detida pela 3R na Bacia Potiguar, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (8).

O MoU estabelece a formação de um grupo de trabalho entre as companhias para a análise da viabilidade técnica e econômica da parceria, com um período de exclusividade de 90 dias para negociação.

“Neste sentido, a Companhia destaca como possíveis benefícios resultantes desta eventual parceria uma melhor integração no planejamento de investimentos e na busca por soluções para ampliar a eficiência operacional e otimização de custos das infraestruturas de midstream de gás na Bacia Potiguar pelas Partes”, conclui a PetroReconcavo em comunicado.

Em maio deste ano, o CFO da 3R, Rodrigo Pizarro, afirmou, em teleconferência sobre os resultados do 1T24, que existia o entendimento de uma sinergia “completa” em uma operação de tratamento de gás em conjunto com a PetroReconcavo, e que o assunto seria endereçado nos próximos meses.

Anteriormente, em março deste ano, o CEO da PetroReconcavo, José Firmo, havia afirmado que a companhia não conseguiu chegar a um acordo com a 3R para o uso compartilhado da UPGN Guamaré, localizada no Polo Potiguar (RN).

Uma das alternativas seria a construção da uma UPGN própria. A PetroReconcavo chegou a assinar um MoU com a Enerflex em abril deste ano, para a realização de estudos de viabilidade técnico-econômica de uma UPGN no RN, mas Firmo ressaltou, em maio deste ano, que o uso compartilhado da UPGN Guamaré seria a melhor alternativa tanto para as companhias quanto para o onshore em geral.

A UPGN Guamaré faz parte do Ativo Industrial Guamaré, que contempla, ao todo: a Refinaria Clara Camarão, com capacidade nominal instalada de 40 mil bpd; o terminal aquaviário de Guamaré; e três UPGNs com capacidade instalada conjunta de 5,7 milhões de m³/dia e com conexão à malha de gás das regiões Nordeste e Sudeste do país. Esses ativos foram adquiridos pela 3R na compra do Polo Potiguar (que inclui, ainda, 22 campos).

Uma parte da produção da PetroReconcavo é escoada pelo Ativo Industrial Guamaré. Em dezembro de 2023, por exemplo, por conta de uma manutenção programada na Refinaria Clara Camarão, a produção da PetroReconcavo foi 11,2% menor (22,9 mil boed) em comparação ao mês anterior (25,8 mil boed), segundo dados preliminares e não auditados.

A PetroReconcavo separa a sua produção em dois ativos: o Ativo Potiguar, que inclui a produção de 31 campos (sendo 29 operados pela companhia e dois operados pela Mandacaru Energia), e o Ativo Bahia, composto por 26 campos operados pela companhia e 47,73% de participação na produção da Jazida Compartilhada “Zona Água Grande – Bloco 2” entre as concessões Gomo e Bonsucesso, operada pela 3R.

Fonte: Revista Portos e navios