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Clippings - 24/06/09

Petros tem R$ 1,5 bi para investir em projetos no pré-sal

O presidente do fundo de pensão da Petrobrás, Petros, Wagner Pinheiro, revelou ontem que a instituição tem R$ 1,5 bilhão em caixa para investir na produção de campos de petróleo na Bacia de Santos, onde estão localizadas as megarreservas da camada do pré-sal. Estamos avaliando essa possibilidade. Se a Petrobrás chamar a parceria de investidores institucionais, queremos participar, disse.

As regras do setor permitem que a Petros aplique até 10% de seu patrimônio – de R$ 41 bilhões – em negócios com a patrocinadora, a Petrobrás. Como já tem R$ 2,5 bilhões em projetos da estatal, sobra uma cifra na casa de R$ 1,5 bilhão para investimentos no pré-sal.

Mesmo frisando se tratar apenas de um estudo, Pinheiro adiantou que a intenção é seguir o modelo de parceria já adotado em outros projetos de exploração com a estatal, como os projetos elaborados para financiar investimentos nos Campos de Albacora e Marlim, na Bacia de Campos.

Nessas operações, os investidores de longo prazo comprariam uma participação como se fosse um investimento em debêntures. O rendimento seria parte em renda fixa e parte em renda variável, de acordo com o preço do petróleo.

A estrutura que vem sendo desenhada para a entrada da Petros no pré-sal permite ainda a criação de um fundo em conjunto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que também já demonstrou interesse em investir em projetos de exploração de petróleo abaixo da camada de sal.

TELECOMUNICAÇÕES
O presidente da Petros revelou ainda que espera para esta semana a autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para que os fundos de pensão (Previ, Petros e Funcef) possam participar do comando da operadora Oi.

Desde o ano passado, quando o Grupo Oi passou por uma reestruturação acionária, que incluiu a compra da Brasil Telecom (BrT), as fundações aguardam para voltar a participar do conselho de administração da companhia. Esperamos em julho já poder indicar membros para o conselho, previu. Isso vai permitir que possamos ter uma participação mais efetiva na empresa.

Na semana passada, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, chegou a afirmar que poderia intervir no processo para garantir a participação de representantes dos fundos de pensão no conselho da nova empresa, criada a partir da aquisição da BrT.

Os fundos estão afastados do controle da Oi desde setembro de 2000, quando a Anatel obrigou as entidades a abrir mão da posição no comando da companhia por também participarem do bloco de controle da Brasil Telecom. Com a venda da BrT para a Oi, a expectativa é que a Anatel coloque um ponto final nessa pendência e, com isso, os fundos possam, enfim, assumir o comando da Oi, seis meses após o anúncio oficial de venda da BrT.
Fonte: O Estado de S. Paulo