NOL investe em mais embarcações para manter transit times.
A política de redução de velocidade forçou as linhas de contêineres a reconsiderar as suas estratégias de pedidos de navios, visto que a baixa velocidade exige mais navios, segundo o presidente da APL, Eng Aik Meng.
O mercado encomendava navios para a rota entre Europa e Ásia, que era realizada por cerca de oito navios para executar um loop. Agora esse serviço é feito por provavelmente 10 navios, disse o executivo.
A NOL (Neptune Orient Lines), empresa-míe da APL, anunciou a encomenda de 10 navios de 8.400 Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) para entrega em 2013 e 2014. Todos os pedidos estão avaliados no total de US$ 1,2 bilhão.
Além dos pedidos anunciados, a companhia também divulgou carta de intenções para dois outros navios de 10.700 Teus, que serão construídos na Coréia do Sul pelo estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering.
Embora Meng diga que as embarcações maiores não devem ser empregadas nas rotas que já estão implementando baixas velocidades, e que seus tamanhos devem expandir a capacidade e substituir navios fretados que sairão da frota ao longo dos próximos anos, cada vez mais é necessário cuidado na compra de novas unidades.
O executivo acrescenta que os estaleiros navais tornaram-se mais receptivos em relação aos pedidos amigáveis ao meio-ambiente e características que se adequam à política de redução.
Transit Times
Questionado sobre a aceitação dos clientes em relação à imposição da política de redução de velocidade e o aumento dos transit times nos trades, Meng exemplificou: Isso realmente depende do comércio, por isso não podemos generalizar. Os clientes da costa oeste americana por exemplo, preferem sempre uma opção de viagem mais rápida. Mas se você explanar o quanto custa, eles dizem que é bom ir mais devagar porque percebem a quantia significativa de dinheiro necessária para manter os navios nas velocidades superiores.
Clientes europeus foram os primeiros a ter a prática de política de redução de velocidade introduzida no comércio entre Ásia e Europa. Portanto, são mais condicionados aos tempos de viagem mais longos, acrescenta o executivo.
Segundo o presidente do grupo e diretor-executivo da NOL, Ron Widdows, a prática de redução de velocidade e redução no consumo de combustível foi um dos fatores por trás do retorno dos lucros da companhia no segundo trimestre.