O Porto de Santos registrou alta de 0,2% na movimentação de cargas no total acumulado até maio, alcançando mais um recorde para o perãodo. O incremento é um reflexo da alta de 11,2% nas importações e se contrapõe à queda de 5,3% nas exportações também no acumulado – em maio a redução foi ainda maior: 17,5%. Com isso, o total mensal teve retração de 12%.
No que diz respeito às cargas importadas, houve aumento de 0,3% no mês. Com isso, Santos deve fechar o ano obtendo incremento de 3,5% e chegando a 100 milhões de toneladas. As importações cresceram 26,9% (com US$ 21,2 bilhões) e as exportações 24,86% (com US$ 22,6 bilhões). O açúcar, a carga de maior peso operada no porto, manteve a tendência de todo este ano, apresentando queda de 36,0% no mês e atingindo redução de 28,3% no perãodo.
Além de condição climática prejudicial no ano passado, o impacto negativo no comércio do açúcar é devido principalmente à redução das compras de diversos países, especialmente a Índia, que cortou 93,2% das importações de açúcar de cana bruto. .A queda da exportação também foi fortemente influenciada pela redução dos embarques de soja em grãos, atingindo no mês 12,5%.
As operações com contêineres acusaram a primeira redução do ano, com queda de 3,9% no mês, insuficiente para reverter o crescimento no acumulado do perãodo que já chega à forte marca de 14,2%, com 1.117.674 teu, recorde para os cinco primeiros meses. Outro recorde obtido foi na movimentação de veículos, com total de 172.187 unidades, apontando aumento de 26,2%, com alta de 46,8% nas importações e de 19,3% nas exportações.
Ainda assim, o Porto de Santos mantém a liderança no ranking dos portos brasileiros escoadouros da oleaginosa, sendo responsável por 39%, seguido por Paranaguá com 20%. A retração das exportações da soja teve como forte componente a diminuição dos embarques para a China, destino de quase 80% do grão exportado por Santos.