Os investimentos previstos para o Porto de Vitória até 2010 somam R$ 250 milhões. Faz 30 anos que o terminal não recebia investimento desse vulto. Uma das principais obras é a dragagem e a derrocagem do canal de acesso. A outra é a ampliação, a recuperação e a modernização dos berços 101 e 102 do Cais de Vitória. O custo só das duas intervenções é de R$ 245 milhões, e a conclusão está prevista para o final de 2010.
O resultado da concorrência para as obras de ampliação do Cais de Vitória sai no dia 21 do próximo mês. E o resultado da licitação para as obras de dragagem está previsto para o dia 17 do próximo mês. Na manhí de ontem, foi realizada, na Codesa, a solenidade de lançamento do edital para a seleção da empresa que realizará a obra de ampliação do Cais de Vitória.
O conjunto de obras vai permitir o aumento de 30% na movimentação de cargas no Porto de Vitória, destaca o presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Ângelo Carvalho Baptista. Ele ressalta ainda que o aumento da profundidade para 14 metros e ampliação do Cais de Vitória vai aumentar a competitividade do porto e estender sua sobrevida para duas décadas pelo menos.
Potencial
Os berços 101 e 102 do Cais de Vitória terão mais 20 metros de largura (mar adentro) e mais 100 metros de extensão, avançando em direção ao cais das barcas e dos catraieiros, totalizando 456 metros de extensão. Com a ampliação os berços, além da carga geral, terão condições de movimentar contêineres, desafogando a movimentação do TVV, que fica em Capuaba.
Com as obras que serão realizadas no porto, vamos recolocar o Espírito Santo no cenário nacional e internacional na área portuária, destacou o prefeito de Vitória, João Coser. Para o governador Paulo Hartung, as obras representam um novo pulmão, uma nova realidade para o Porto de Vitória.
O senador Renato Casagrande destacou a importância da modernização do porto para o desenvolvimento econômico do Estado.
Estamos fazendo coisas que pareciam impossíveis, destacou Hartung. O governo estadual entra com R$ 40 milhões. Ele lembrou também o desafio da implantação do porto de águas profundas em Praia Mole, na Ponta de Tubarão, em Vitória. Até 2010, o projeto de viabilidade econômica do superporto deverá ficar pronto.
Codesa cria taxa para a atividade de petróleo e gás
Na busca de alternativas para sair do vermelho, buscar o equilíbrio financeiro, dispor de dinheiro para bancar os compromissos e fazer investimentos, a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) instituiu a cobrança de tarifa para embarcações de apoio à atividade de petróleo e gás que utilizarem os terminais do complexo portuário de Vitória. O valor é de R$ 2 mil por cada embarcação. A proposta foi aprovada pelos integrantes do Conselho de Autoridade Portuária (CAP). Agora está em análise pelos técnicos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Quando a medida for convalidada pela Antaq, o que deverá acontecer até o próximo mês, a Codesa começará a cobrar a taxa.
Caminhões terão acesso por 24 horas
A contrapartida da Prefeitura de Vitória na modernização do Porto de Vitória é garantir o acesso 24 horas de caminhões ao terminal. E o cumprimento da promessa será feito com a instalação do Portal Sul, que terá uma via prioritária para caminhões.
Segundo o secretário de Desenvolvimento da cidade, Kleber Frizzera, a prefeitura tem o estudo básico, mas detende da Codesa para finalizar o projeto. Uma informação importante para a elaboração do projeto final, por exemplo, é o perfil das cargas que serão movimentadas nos berços 101 e 102 do Cais de Vitória.
Um levantamento inicial indicou a necessidade de desapropriação de 12 imóveis na região da Vila Rubim, e as desapropriações elevarão muito o custo do projeto. O compromisso da prefeitura, segundo Frizzera, é concluir a implantação da iniciativa junto com as obras do porto, em 2010.
O acesso dos caminhões ao porto é feito pela Ilha do Príncipe. O acesso, segundo o secretário, será mantido, mas serão feitas intervenções. Duas delas são: ampliar as vias, com pistas para caminhões, e alterar o acesso ao terminal rodoviário.(Fonte: A Gazeta/Vitória,ES/Rita Bridi)