Dentro de três anos, o porto do Rio de Janeiro vai operar com o VTS (sigla em inglês de Vessel Transport System). Trata-se de um tipo de monitoramento de tráfego de navios e embarcações semelhante ao já empregado no controle aéreo e que passará a ser obrigatórios para portos de maior movimento e volume de cargas, conforme determina a Norma 26 da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) e regulamentos adicionais do Departamento de Portos e Costa (DPS), da Marinha.
Sistema – O sistema a ser utilizado no porto do Rio de Janeiro será constituído de uma torre de controle e uma rede de radares ao longo da costa. Em princípio, uma torre com radar deverá ser instalada na Ilha do Governador. Outros radares suplementares ficarão ao longo da costa e na Baia da Guanabara, para cobertura de áreas não cobertas pelo radar principal em função da topografia.
Além do Rio de Janeiro, outros portos como os dos estados de São Paulo, Ceará, Paraná e Maranhão também estão interessados na implantação do VTS e iniciaram consultas ao CSA (Centro de Simulação Aquaviária), vinculado ao Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar), sobre certificação do sistema.
Implantado em 2006, o CSA vem certificando portos e instalações portuárias, e qualificando tripulações, brasileiras e estrangeiras, para todo tipo de embarcações, inclusive plataformas. Este ano, certifica o porto de Vitória e de Ponta da Madeira, em Itaqui (MA) para receber o ValeMax, o maior graneleiro do mundo, encomendado pela Vale. Entre os trabalhos realizados no ano passado está a certificação da expansão do Terminal de Contêineres da Margem Direita (Tecondi) do Porto de Santos.
O prazo para implantação do VTS é de três anos a partir de janeiro passado e, no momento, portos e terminais começam a preparar seus processos de licitação para a adoção do sistema, que prevê uma etapa de certificação de pessoal e outra de implantação de equipamentos. Outros centros brasileiros e possivelmente estrangeiros deverão participar da concorrência.