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Clippings - 02/07/13

Porto e estradas bloqueados

O trânsito em várias rodovias do país foi interrompido, ontem, por caminhoneiros que reivindicavam, entre outros pontos, a mudança do tempo de descanso imposto pela Lei n.º 12.619, conhecida como a Lei do Motorista. Em São Paulo, eles usaram paus e pedras para bloquear os acessos ao Porto de Santos. Preocupado com o efeito dos protestos na atividade econômica e nas exportações, o governo federal pediu e obteve, na Justiça, uma liminar que proíbe o fechamento das vias.

A intenção do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), que organizou a paralisação, era estender os protestos até a próxima quinta-feira. A entidade não se pronunciou sobre a liminar nem soube informar quantos profissionais aderiram às manifestações. Hoje, o presidente do MUBC, Nélio Botelho, deve se reunir com representantes do governo, em Brasília, para discutir a pauta de reivindicações. Entre as exigências, estão subsídios ao óleo diesel, a criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas, e a isenção, para os caminhoneiros, do pagamento de pedágio nas estradas, o que, segundo a categoria, tornaria o frete mais barato.

Além disso, a organização quer reduzir de 11 para 8 horas o perãodo ininterrupto de descanso estabelecido pela Lei n.º 12.619. A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) afirmou não apoiar a maior parte das reivindicações, que considera inexequíveis.

Dirigentes da Abcam se reuniram com técnicos do Ministério dos Transportes para discutir o impacto das manifestações. Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o movimento do Porto de Santos, o maior do país, não foi prejudicado porque os armazéns estão cheios. Assim, o carregamento dos navios ocorreu normalmente.