A Petrobras exigirá que a construção de 28 navios-sondas e plataformas de perfuração para exploração do pré-sal seja realizada no Brasil. As sondas fazem parte de um pacote de 40 equipamentos do gênero que a estatal vai contratar.
Essa exigência, anunciada terça-feira pelo presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, faz parte da estratégia para justificar o pleito da empresa de ser operadora única dos campos do pré-sal. Segundo Gabrielli, isso será um fator importante para desenvolver a indústria brasileira.
A estatal já havia encomendado 12 sondas no exterior, para iniciar a exploração do pré-sal. Diante das críticas das empresas de construção naval, a Petrobras se voltou para o parque industrial brasileiro. Outras 14 sondas estão sendo negociadas com empresas nacionais e as próximas 14 também serão feitas aqui.
Durante coletiva em Brasília, Gabrielli afirmou que os principais debates no Congresso sobre a proposta de novo marco regulatório do petróleo enviado pelo governo devem focar a destinação dos recursos do fundo social e da definição da Petrobras como operadora única do pré-sal.
Já a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que a polêmica entre os estados produtores em torno dos royalties é uma questão marginal do total da renda do pré-sal irá gerar. ( Leia também: Nome da estatal pode ser petroqualquercoisa )
A comissão especial na Câmara que analisa o projeto do regime de partilha – o mais polêmico – estreou terça-feira suas atividades com a aprovação de um requerimento convidando os governadores Sérgio Cabral (PMDB), do Rio; Paulo Hartung (PMDB), do Espírito Santo; e José Serra (PSDB), de São Paulo, para um debate. Os deputados também decidiram convidar Gabrielli e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.