Companhia está estudando a interligação do FPSO de Peregrino com o FPSO Bravo, que opera no cluster Polvo/Tubarão Martelo. Outro projeto em análise pela Prio é a eletrificação dos campos de Peregrino, Polvo e Tubarão Martelo em terra, informou o CEO da empresa, Roberto Monteiro

A Prio está estudando dois projetos para o campo de Peregrino: a possibilidade de interligar o FPSO do campo com o FPSO Bravo, que opera no cluster Polvo/Tubarão Martelo, e a possibilidade de eletrificar os campos de Peregrino, Polvo e Tubarão Martelo em terra, informou o CEO da companhia, Roberto Monteiro, durante evento Prio Day, realizado nesta segunda-feira (8). Os três campos estão localizados na Bacia de Campos.
Em relação ao primeiro projeto, a ideia inicial é produzir o FPSO de Peregrino apenas com Peregrino A e Peregrino C. “Se a gente achar que faz sentido geologicamente, se o projeto tiver um upside significativo, talvez faça sentido ligar as duas plataformas [FPSOs Peregrino e Bravo]”, afirmou o CEO da Prio.
Já o segundo projeto está alinhado à redução da pegada de carbono. “Além disso, teremos uma queda de custos, porque todos esses campos consomem diesel ou gás. Conseguir desenhar um projeto de eletrificação vindo da costa pode ser algo bem interessante”, disse Roberto.
O executivo também informou que a companhia pretende perfurar uma área em Peregrino conhecida como “Isolado” no começo do ano que vem, provavelmente em março. De acordo com André Picarelli, gerente-executivo de Subsuperfície da Prio, também presente no evento, a área possui cerca de 350 milhões de Volume of Oil in Place (VOIP).
Outras atividades previstas para o campo de Peregrino em 2026 incluem a perfuração de três poços produtores e de três injetores a partir das plataformas fixas A e C, assim como a conversão de um poço produtor para injetor na plataforma fixa B; e o reparo do gasoduto de importação do campo, com a expectativa de iniciar sua operação no segundo trimestre.
Peregrino
Peregrino é um campo de petróleo pesado que produz através do FPSO Peregrino, com capacidade de processamento de óleo de 110 mil bpd e capacidade de armazenamento de 1,6 milhão de barris.
Localizado na Bacia de Campos, o campo possui três plataformas fixas (Peregrino A, B e C) onde são ligados e completados os poços, e que contam com sondas que fazem perfurações e intervenções.
Em novembro deste ano, a Prio comunicou a conclusão da aquisição de 40% do campo de Peregrino, tornando-se a operadora do campo e passando a deter 80% do ativo que era da Equinor.
A petrolífera norueguesa firmou acordo com a Prio para a venda de sua participação operada de 60% no campo de Peregrino em maio deste ano, em duas partes: uma para a aquisição de 40% e da operação do campo de Peregrino, e outra para a aquisição dos 20% restantes. A Equinor permanecerá com os 20% restantes até a conclusão da segunda etapa da transação, prevista para meados de 2026.
Fonte: Revista Brasil Energia