A construção de um megaempreendimento na área petrolífera, que já está sendo chamado de Porto do Pré-Sal e poderá ser erguido em Jaconé, distrito de Maricá, com recursos privados e apoio do governo do estado e da prefeitura local, está no centro de uma polêmica envolvendo ambientalistas. Eles temem danos às praias da região. Além disso, o assunto mobiliza o município de Angra dos Reis, que teme perder parte de sua receita caso o projeto saia do papel. Enquanto Maricá luta pela construção do Terminal Ponta Negra (TPN), orçado em R$ 5,4 bilhões, Angra dos Reis defende que o Terminal da Baía da Ilha Grande (Tebig), em seu território, seja ampliado, a um custo de R$ 2 bilhões.
Os dois projetos, o de Angra e o de Maricá, incluem investimentos em tecnologia moderna contra vazamentos de óleo. A previsão é que o novo porto tenha capacidade para receber por dia 850 mil barris de petróleo, 40% da produção do país. Os secretários estaduais do Ambiente, Carlos Minc, e de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, foram convocados para explicar o projeto do megaporto na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. O objetivo da DTA Engenharia, responsável pelo projeto, é inaugurar o empreendimento em 2015, junto com o Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj).