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Clippings - 10/12/10

Projeto estimula intermodalidade na região Norte do País

Investimentos prioritários trariam economia de R$ 3 bilhões anuais.

A integração entre os diferentes modais de transporte da região Norte do País pode resultar em uma economia de custo superior a R$ 3 bilhões ao ano, segundo estimativas do projeto Norte Competitivo. O estudo pretende estimular projetos de infraestrutura para as hidrovias, portos, ferrovias e estradas presentes na Amazônia Legal – que compreende os estados do Acre, Amapá Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins -, e será entregue aos representantes do novo governo em fevereiro de 2011.

O relatório mapeou, durante cerca de um ano, toda a malha de transporte não apenas entre o território da Amazônia Legal, contemplando também os acessos a países vizinhos, a fim de definir nove eixos prioritários para investimento. A idéia não foi apenas fazer o estudo, mas viabilizar a implantação das alternativas, explica um dos sócios da Macrologística, o engenheiro Renato Pavan, em entrevista ao Guia Marítimo. A companhia foi a responsável pela elaboração do projeto, sob pedido da CNI (Confederação Nacional da Indústria) através da Ação Pró-Amazônia.

O investimento necessário para as obras prioritárias é de R$ 14,1 bilhões, o que possibilitará uma economia de R$ 3,8 bilhões ao ano no custo logístico da região, estimado atualmente em R$ 17 bilhões. Com o aumento da demanda previsto até 2020, conforme apurado pelo estudo, este valor chegaria a R$ 33,5 bilhões. Se nada for feito até 2020, algumas áreas ficarão consideravelmente complicadas, sustenta o responsável direto pelo Norte Competitivo e sócio da Macrologística, Olivier Girard.

Cabotagem

Além dos benefícios para a economia e trânsito de mercadorias no eixo Norte, o plano traz a expectativa de desenvolvimento socioeconômico através da geração de empregos diretos e indiretos, juntamente com a redução de emissões prevista pelo equilíbrio entre o modal rodoviário e alternativas ainda pouco exploradas, como a cabotagem. No entanto, Girard acredita que o fator socioambiental não é suficiente para estimular o transporte interno.

Não adianta pensar que a maior parte das empresas analise somente o lado ambiental, pois o produtor sempre irá pensar na questão econômica. O problema da cabotagem é que ela ainda é pouco desenvolvida no aspecto de navegação, embarques, etc. Em alguns casos, atestamos que a utilização do modal sairia mais barato, mas o maior tempo de trânsito e para o desembaraço das mercadorias inviabiliza o transporte, conclui o consultor.