RIO DE JANEIRO – O gerente executivo de Engenharia e Projetos da Petrobras, Pedro Barusco, afirmou ontem que está marcada para o dia 3 de novembro a abertura dos envelopes da licitação para a construção das 28 sondas de perfuração que vão operar no pré-sal. O procedimento foi lançado no final do ano passado e inicialmente estava previsto para ser concluído no primeiro semestre deste ano. O atraso do processo ocorreu por várias razões, das quais a principal foi um embate entre os próprios estaleiros, que questionaram a participação de outros.

As 28 sondas estão sendo licitadas em quatro pacotes de sete unidades, que devem custar cerca US$ 6 bilhões (US$ 850 milhões por unidade, em média), segundo projeções do mercado. Dos seis concorrentes, a metade é formada por estaleiros virtuais, que ainda não possuem licença de instalação (LI). Decidimos exigir a LI de todos os proponentes e cortar quem não estiver dentro desta exigência, disse Barusco, em entrevista ao final da coletiva sobre a inauguração da P-57.

Produção

A Petrobras espera produzir 500 mil barris por dia no Parque das Baleias no Espírito Santo, em 2015, disse o gerente executivo de Exploração e Produção da empresa, José Antônio de Figueiredo, em entrevista sobre o lançamento da plataforma da P-57, que será destinada ao campo de Jubarte. A plataforma será inaugurada hoje, em Angra dos Reis. Já o gerente de Exploração e Produção da Petrobras, José Antônio de Figueiredo, admitiu ontem que a companhia não terá condições de cumprir a meta de produção de óleo em território nacional em 2010.

Segundo ele, a produção ficará de 2% a 3% menor do que os 2,1 milhões de barris por dia previstos na média anual. Figueiredo explicou que não houve um problema específico, mas uma série de atrasos pontuais que comprometeram a meta.

Temos tradicionalmente estabelecido metas arrojadas e difíceis de cumprir, porque sempre há entraves no meio do caminho com a entrada em operação de plataformas de grande porte, disse Figueiredo, na entrevista coletiva sobre a inauguração da plataforma P-57, que está marcada para hoje, em Angra dos Reis (RJ).

Estaleiro

A Petrobras deverá colocar em operação o antigo estaleiro Inhaúma/Ishikawagima, no porto do Rio, dentro de seis meses, informou o gerente de Engenharia da estatal, Pedro Barusco. O estaleiro foi arrendado pela Petrobras por um perãodo de 20 anos para fazer a conversão e manutenção de cascos de plataforma no Brasil. Para Barusco, a possibilidade de fazer estes cascos no País deve elevar o conteúdo nacional das plataformas em cerca de dez pontos percentuais, dos atuais 68% em média, para até 78%. A estatal tem aprovado um orçamento de R$ 40 milhões para as obras do estaleiro.