A Queiroz Galvão Exploração e Produção pretende investir este ano entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões para dar continuidade ao seu projeto de expansão na área petrolífera.

A expectativa da empresa é aplicar US$ 60 milhões para perfurar um poço na bacia do Jequitinhonha em área em que a empresa tem 100% da concessão. Outros US$ 39 milhões deverão ser destinados à perfuração na bacia de Santos, correspondentes a 30% do necessário para fazer o poço em uma área em que a Petrobras opera com 70% de participação e que deve ter como alvos tanto o pós-sal, quanto o pré-sal.

A capitalização da empresa foi para que a gente pudesse crescer mais rapidamente, aproveitando oportunidades que vão aparecer, destacou o presidente da companhia, José Augusto Fernandes Filho, que participou do Rio Investors Day, no Rio de Janeiro.

A companhia foi a mercado em fevereiro deste ano e conseguiu captar R$ 1,5 bilhão com a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Fizemos processo de IPO muito bem-sucedido. A companhia está capitalizada, disposta a captar valor para a companhia e os acionistas, acrescentou o executivo.

Fernandes Filho confirmou ainda que a empresa está disposta a participar da 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que deverá acontecer este ano. O executivo não acredita em um leilão em setembro, mas provavelmente em outubro. Segundo ele, o interesse da companhia na rodada deverá se restringir a blocos offshore.

Nessa fase de preparação temos que analisar todas as informações disponíveis e como a ANP ainda não disponibilizou os mapas das áreas, fica mais difícil de se concentrar nos projetos. Mas tão logo disponibilize, vamos aprofundar os estudos, disse.

Além dos dois poços que serão perfurados este ano e da produção total estimada de 6 milhões de metros cúbicos diários em Manati, no litoral baiano – a Queiroz tem 45% de participação no campo, operado pela Petrobras – a companhia tem uma área na bacia de Camamu, também na Bahia, que será perfurada no ano que vem.

Além disso, tem duas descobertas, Copaíba e Jequitibá, em processo de avaliação no bloco BM-CAL-5, também na bacia de Camamu; e um campo pequeno ao sul de Manati. Temos 10 anos efetivos e já investimos US$ 700 milhões em exploração e produção, afirmou Fernandes Filho.