O que talvez tenha começado como um projeto tímido e que muitos não colocavam fé, acabou se transformando num “produto” de apelo internacional. O porto de águas profundas, agora batizado de “superporto”, foi idealizado pelos trabalhadores de Vitória (ES) e hoje atrai a atenção de grandes operadores portuários do mundo, como a Dubai Ports World, dos Emirados Árabes Unidos, e a NYK, maior empresa armadora do Japão.
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O superporto de águas profundas, a ser construído em Ponta de Tubarão (Vitória), com a possibilidade de uma profundidade de 18 metros, permitirá a atracação de navios da nova geração no Brasil. Hoje o projeto ganhou um defensor de peso, o presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Ângelo Baptista.
Em conversa com o PortoGente, Baptista falou sobre o avanço na apresentação do projeto fora do País. Em outubro último, a convite do presidente Lula, o projeto dos trabalhadores capixabas foi apresentado para empresários em Bruxelas (Bélgica). E, recentemente, o presidente da Codesa mostrou o novo porto na Ásia.
O presidente da Codesa disse que o trabalho que vem sendo realizado para a divulgação do projeto tem mostrado resultados positivos. O projeto tem sido muito bem recebido. O trabalho não traz resultado imediato. Vem depois. No Japão, a recepção ficou acima das expectativas. O interesse foi maior.
Os executivos da japonesa NYK já informaram ao presidente da Codesa que estarão, em janeiro próximo, em Vitória para conhecer mais o projeto e o local onde deverá ser construído o complexo portuário.
Já sobre o interesse da Odebrecht, associada à Dubai Ports, pelo empreendimento, e anunciado pelo ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, Baptista disse que ainda não existe um interesse explícito, mas acredita que empresas de grande porte o procurem para saber mais sobre o projeto.