Segundo o vice-presidente da Raízen Trading, além dos Estados Unidos, o mercado asiático pode alavancar as exportações de etanol.
Em entrevista publicada no Jornal Valor Econômico, desta sexta-feira (08), o vice-presidente de Logística, Distribuição e Trading da Raízen Trading LLP – subsidiária da Raízen (joint venture entre Cosan e Shell) na área de comercialização de etanol, Leonardo Gadoti Filho disse que a Companhia tem até o momento alguns contratos já selados para exportar cerca de 500 milhões de litros de etanol para os Estados Unidos – volume igual ao registrado em todo o ano passado.
De acordo com Gadoti, a previsão é que neste ano, a empresa já exporte ao mercado norte-americano entre 20% a 30% mais do que 2011. Para o executivo, o dólar está ajudando a tornar o negócio mais atrativo. O executivo avalia que essa operação independe da oferta de etanol no mercado interno, que pode ser maior que a prevista este ano, caso as usinas brasileiras reduzam a produção de açúcar e aumentem a de etanol. Não há impacto na oferta interna, pois levamos etanol brasileiro e trazemos o americano. É uma troca de volumes, disse.
Em 2011, a Raízen Trading movimentou entre 6,5 bilhões e 7 bilhões de litros de etanol entre operações nos mercados internos e externos – o equivalente a 30% do movimentado por todo o mercado. Esse volume considera a produção da própria Raízen (1,9 bilhão de litros) e a de terceiros. A expectativa para 2012, é que os volumes permaneçam estáveis. Será um ano muito parecido com o passado. China, Filipinas e Tailândia também são mercados potenciais na Ásia”, diz Leonardo Gadotti.
Parceria Brasil – Japão
Para atender a demanda japonesa de etanol, de 500 milhões de litros por ano, o ministro Fernando Pimentel, em visita oficial ao Japão no início do mês, realçou os esforços do governo brasileiro em ajudar o Japão a minimizar essa procura. “Temos capacidade de reprodução de sobra e podemos firmar um acordo de longo prazo”, afirmou, em audiências com Osamu Fujimura, ministro-chefe do Gabinete do Primeiro-Ministro do Japão.
No encontro, Pimentel ainda propôs a associação de mais empresas japonesas às fabricantes de etanol brasileiras para que possam participar de todo o processo, da produção à venda. “Se o Brasil conseguir fornecer de forma estável e barata, a participação do país no fornecimento vai aumentar, respondeu o ministro japonês.