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Clippings - 20/05/11

Rapidez de sondas reduz custos de poços no pré-sal, diz executivo

O menor tempo do uso das sondas tem sido determinante para a redução dos custos de desenvolvimento nos campos do pré-sal da bacia de Santos.

A afirmação foi feita pelo gerente de relações com investidores da Petrobras, Helder Leite, para quem o aprendizado sobre o comportamento dos reservatórios de petróleo na bacia do pré-sal é essencial para diminuir o tempo gasto com a perfuração dos poços. Quanto mais rápido um poço é perfurado, mais rapidamente a sonda é deslocada, trazendo economia para a companhia em termos do aluguel dos equipamentos. Leite lembrou que, na fase de desenvolvimento, 50% dos custos são decorrentes da perfuração dos poços. Em apresentação para investidores na sede da Apimec-Rio, Leite mostrou que o tempo médio de perfuração de poços no ano passado foi apenas 66% do verificado nos anos de 2006 e 2007. Esse aprendizado foi essencial para que a companhia reduzisse em 45% a estimativa de investimentos necessários na área licitada do pré-sal entre os estudos – batizados internamente de Plansal – feitos em 2008 e 2010. – Reduzindo o tempo de poços, reduzimos o tempo de uso das sondas. Esse tempo gasto com os poços tende a estabilizar, mas é um aprendizado contínuo- frisou Leite. O aumento das exigências e análises das autoridades reguladoras dos Estados Unidos depois do acidente com uma sonda de perfuração utilizada pela BP, no ano passado, causou o atraso da entrada em produção dos campos de Cascade e Chinook, no Golfo do México. A expectativa é de que as áreas entrem em produção no meio deste ano. O gerente de relações com investidores da companhia, Helder Leite, explicou que a Petrobras vai utilizar, na plataforma do tipo FPSO (flutuante, de produção, armazenamento e transferência) quer será instalada na região, seis novas tecnologias já usadas no Brasil, mas inéditas nos Estados Unidos.

Segundo ele, essas inovações têm causado a necessidade de mais análises por parte dos reguladores americanos. Entre as tecnologias está uma inovação que desconecta a cabeça do poço da plataforma e que será útil para a temporada de furacões, que causam a parada na produção de diversas plataformas na região. Leite explicou que, com a novidade trazida pela Petrobras, o poço será desconectado, o navio rebocado para um porto seguro e, passado o furacão, o poço será reconectado à plataforma em um tempo menor que a retomada de produção nas unidades convencionais. – Imagina a cabeça dos reguladores de lá com essa novidade. Mas tudo deve estar pronto até o meio do ano. [O problema] É que tem uma parte [necessária para o início da produção] que não está na nossa mão- disse Leite, que participou de reunião com investidores na Apimec-Rio. Para o executivo, as autoridades americanas ficaram mais cautelosas após o vazamento de óleo da British Petroleum no Golfo do México no ano passado. – Os reguladores dos Estados Unidos tem sido mais cautelosos depois de Macondo [o poço onde ocorreu o acidente da BP] – acrescentou.