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Clippings - 30/05/12

Repsol investirá em exploração para recuperar perda da YPF

Empresa planeja investir 19,1 bilhões de euros nos próximos quatro anos. 77% deverá ser em exploração de petróleo em descobertas recentes.

A petrolífera espanhola Repsol planeja investir pesadamente na exploração de descobertas recentes, ao cortar seu pagamento de dividendos e com a venda de ativos não essenciais, como parte da luta para se recuperar da crise com a sua unidade argentina YPF.

O grupo disse na terça-feira, na sua primeira atualização estratégica desde que a maioria de sua participação de 57 por cento na YPF foi nacionalizada pela Argentina no mês passado, que planeja investir 19,1 bilhões de euros (24 bilhões de dólares) nos próximos quatro anos, com 77 por cento gasto em exploração de petróleo em descobertas recentes.

As principais empresas petrolíferas como a BP, Shell e Total estão aumentando os gastos em exploração em busca de tirar proveito dos preços elevados do petróleo. No entanto, alguns analistas temem que o gasto adicional não vai aumentar significativamente o retorno porque muitos projetos estão com margens menores.

A Repsol, que comprou a YPF em 1999, para reduzir sua exposição ao negócio de refino, menos lucrativo, disse que terá um crescimento da produção anual em mais de 7 por cento nos próximos quatro anos.

A companhia também disse que lucro líquido deverá crescer 80 por cento ante os 1,7 bilhão de euros que fez em 2011, excluindo a YPF e com base em um preço do petróleo de cerca de 80 dólares o barril.

Após a desapropriação, a empresa disse que está se concentrando em Brasil, Estados Unidos, Rússia e outros países latino-americanos. Na semana passada, o grupo anunciou a descoberta de 1,2 bilhão de barris de óleo equivalente ao largo da costa do Brasil, em bloco em parceria com a Petrobras.

Analistas da Investec descreveram as previsões de crescimento como enérgicas, mas observaram que grandes companhias de petróleo tiveram uma história muito promissora de exploração que acabaram não se concretizando e que a Repsol está fortemente dependente de um país, o Brasil.

Isto parece um pacote coerente, mas acreditamos que estabiliza uma situação perigosa em vez de criar uma proposição atraente capital nesta fase, disseram eles.