Considerando a produção do ano de 2024, o índice de reposição de reservas provadas (IRR 2024/2023) foi de 176,63%. As informações são do Boletim Anual de Recursos e Reservas (BAR) 2024, divulgado pela ANP

Em 2024, foram declarados 16,841 bilhões de barris de petróleo de reservas provadas (1P); 24,071 bilhões de barris de reservas provadas + prováveis (2P); e 29,176 bilhões de barris de reservas provadas + prováveis + possíveis (3P), segundo o Boletim Anual de Recursos e Reservas (BAR) 2024, divulgado pela ANP na quarta-feira (2). A publicação traz informações consolidadas sobre as reservas brasileiras de petróleo e gás natural declaradas pelas empresas operadoras de áreas de exploração e produção em 2024.
Esses valores representam aumento em números absolutos de 5,92%; 4,36% e 4,27% respectivamente, se comparado com o ano de 2023. Descontando-se a produção acumulada ao longo do ano, a variação foi de 14,80%; 11,66% e 10,88%.
Considerando a produção do ano de 2024, o índice de reposição de reservas provadas (IRR 2024/2023) foi de 176,63%, representando cerca de 2,171 bilhões de barris em novas reservas. O índice de reposição de reservas indica a relação entre o volume apropriado e o volume produzido no período considerado.
As reservas totais de petróleo atuais demonstram que há projetos comerciais para explotação adicional de 114,47% dos volumes já produzidos no Brasil até 31/12/2024.
No ano passado, foram produzidos 1.229,01 milhões de barris de petróleo.
Reservas de gás natural
Em 2024, foram declarados 546,022 bilhões de m³ de reservas 1P; 672,815 bilhões de m³ de reservas 2P e 740,505 bilhões de m³ de reservas 3P, correspondendo ao aumento em números absolutos de 5,17%, 4,35% e 4,26% respectivamente, se comparado com o ano de 2023. Descontando-se a produção acumulada ao longo do ano, a variação foi de 10,63%; 8,67% e 8,16%.
As reservas totais de gás natural atuais demonstram que há projetos comerciais para explotação adicional de 110,22% dos volumes já produzidos (descontados os volumes injetados) no Brasil até 31/12/2024.
Em 2024, foram produzidos 56,07 bilhões de m³ de gás natural. Descontando-se o gás injetado, o valor é de 25,62 bilhões de m³.
As mudanças ocorridas no volume das reservas de petróleo e gás natural brasileiras são devidas à produção realizada durante o ano, às reservas adicionais oriundas de novos projetos de desenvolvimento, declarações de comercialidade e revisão das reservas dos campos por diferentes fatores técnicos e econômicos.
O documento
O Boletim Anual de Recursos e Reservas (BAR) apresenta dados de reservas por unidade da Federação; a proporção das reservas provadas, possíveis e prováveis por bacia; a produção acumulada por bacia e estado; e a fração recuperada (produção total acumulada dividida pelo volume de recursos in place, ou seja, o volume total de petróleo nos reservatórios) por bacia.
As empresas operadoras dos campos produtores devem informar anualmente à ANP, até o dia 31 de janeiro, os volumes de reservas, recursos, produção acumulada e os volumes in situ de petróleo e de gás natural relativos ao ano anterior. As informações contidas no BAR devem estar de acordo com o Plano de Desenvolvimento e com os demais planos e programas submetidos à agência, devendo ser elaborado de acordo com a Resolução ANP nº 47/2014.
O que são reservas provadas, prováveis e possíveis
As reservas provadas correspondem à quantidade de petróleo ou gás natural que a análise de dados de geociências e engenharia indica com razoável certeza como recuperáveis comercialmente, na data de referência do Boletim Anual de Recursos e Reservas. Quando são usados métodos probabilísticos, a probabilidade de que a quantidade recuperada seja igual ou maior que a estimativa deverá ser de pelo menos 90%.
Nas prováveis, a probabilidade de que a quantidade recuperada seja igual ou maior que a soma das estimativas das reservas provada e provável deverá ser de pelo menos 50%. No caso das reservas possíveis, a probabilidade de que a quantidade recuperada seja maior ou igual à soma das estimativas das reservas provada, provável e possível deverá ser de pelo menos 10%.
Fonte: Revista Brasil Energia