unitri

Filtrar Por:

< Voltar

Clippings - 19/04/11

Reservas de petróleo da OGX são ampliadas em 4 bilhões de barris

Em meio a rumores de que procura um parceiro estratégico para a OGX, Eike Batista anunciou o tamanho das novas reservas de petróleo nos blocos mantidos pela companhia no Brasil e na Colômbia. Segundo relatório da consultoria De- Golyer & MacNaughton (D&M), uma das mais respeitadas do mercado, a petrolífera possui 10,8 bilhões de barris de petróleo equivalente (boe). O número representa um aumento de 4 bilhões de barris em relação ao relatório anterior, produzido pela D&M em setembro de 2009.

“Esses resultados vêm comprovar o extraordinário sucesso de nossa estratégia de atuação, focada em ativos de classe mundial localizados em sua maioria em águas rasas”, disse Batista em comunicado ao mercado.

O empresário comparou a escala e o potencial de produtividade da OGX ao pré-sal. “Só que com custos muito mais baixos e tecnologia amplamente dominada”, ressaltou.

A maior reserva está na Bacia de Campos, na costa do Rio de Janeiro, onde a OGX detém 5,7 bilhões de barris. Outros 4 bilhões estão nas bacias de Santos, Parnaíba, Espírito Santo, Maranhão e Pará. Na Colômbia, onde controla cinco blocos petrolíferos, as reservas somam 1,1 bilhão de barris. “Estamos caminhando a passos largos rumo à delimitação de novas descobertas e à produção, sem perder a capacidade de continuar crescendo e criando valor para nossos investidores”, diz o diretor de exploração Paulo Mendonça.

O anúncio, feito após o fechamento do mercado na sexta feira, alimentou expectativas. A espera contribuiu para encerrar sete dias de quedas consecutivas das ações da OGX na BM&FBovespa. A ação (OGXP3) encerrou a semana passada cotada a R$ 19,65, alta de 3,15%.

A expectativa agora é pelo início da produção em setembro, relatada por Batista em fevereiro. “Estamos avançando rapidamente no nosso plano de negócios e cumprindo importantes etapas, que nos levarão ao início de nossa produção e comercialização em prazos nunca vistos na indústria do petróleo”, diz o diretor de produção Reinaldo Belotti.

O executivo sinalizou que a petrolífera deverá fazer novas encomendas à OSX, o estaleiro de Eike Batista. A OGX encomendou três navios-plataforma para a companhia na semana passada. A transação envolve US$ 2,3 bilhões, compondo uma carteira de negócios de US$ 4,8 bilhões entre as duas empresas.

Parceiro pode ser chinês

O aumento das reservas deve elevar também os rumores de que a OGX negocia a entrada de um parceiro estratégico. A parceria turbinaria o caixa de investimentos da companhia, que no final do ano passado era de US$ 2,9 bilhões.

A OGX é formada hoje pela Centennial, empresa de Batista dona de 60,7% da petrolífera. O fundo de pensão canadense Ontario Teachers’ Pension Plan detém 12,17%. Outros 27,14 % estão pulverizados no mercado, que aposta na estatal chinesa Sinochem como potencial novo investidor da OGX.

“Nossa estratégia de atuação nos permitiu descobrir acumulações de escala e produtividade comparáveis às encontradas no pré-sal – Eike Batista

Estamos caminhando a passos largos rumo à delimitação de novas descobertas e à produção, sem perder a capacidade de continuar crescendo e criando valor para nossos investidores – Paulo Mendonça, diretor-geral e de exploração

Volume de gás no Maranhão é 24,7% menor que o esperado
Reserva de 11,3 trilhões de pés cúbicos, previsão inicial era de 15 trilhões de pés cúbicos

Estimativas indicam que a reserva total de gás dos sete blocos controlados pela OGX Maranhão, na Bacia do Parnaíba, somam 11,3 trilhões de pés cúbicos (TCF). A empresa é uma joint venture entre a MPX Energia (33,3% de participação) e a OGX Petróleo e Gás (66,7%), ambas do Grupo EBX, de Eike Batista, e possui 70% dos direitos de exploração dos sete blocos da Bacia do Parnaíba. O restante é detido pela brasileira Petra Energia.

Elaborada pela consultoria De-Golyer &MacNaughton (D&M), a estimativa foi divulgada ao mercado na sexta-feira e aponta ainda a existência de 96 milhões de barris de óleo no local.

As estimativas foram baseadas em três poços perfurados até 31 de dezembro de 2010, todos localizados no bloco PN-T- 68, e em estudos sísmicos realizados ao longo de todos os blocos da bacia.

“Esses resultados reforçam nossa convicção acerca da importância estratégica do complexo de geração térmica do Parnaíba, que deverá ser um marco na expansão da geração a gás no Brasil e contribuirá significativamente para o crescimento da MPX”, disse Eduardo Karrer, presidente da MPX em comunicado ao mercado.

Volume menor
O volume de 11,3 TCF de gás estimados pela D&M é 24,7%menor que os 15 TCF estimados por Eike Batista durante o anúncio da descoberta de gás natural na Bacia do Parnaíba, em agosto do ano passado.

Na época, a estimativa era que a OGX alcançaria uma produção diária de 15 milhões de metros cúbicos na região. “Isso significa meia Bolívia”, ressaltou Batista, em referência ao envio diário de 30 milhões de metros cúbicos feito pelo pelo país vizinho ao mercado brasileiro. “Devido à relevância que essa descoberta vai agregar à região, informei pessoalmente ao presidente Lula”, disse na época um eufórico Eike Batista.

Os sete blocos controlados pela OGX na Bacia do Parnaíba ocupam 21,4 mil quilômetros quadrados de área, extensão que corta 29municípiosmaranhenses.

O próprio Eike Batista busca uso para o gás. A MPX planeja instalar na região um complexo térmico a gás com capacidade de geração de 4 gigawatts de energia, para isso usará 2,6 TCF da reserva.

Braço Petrolífero de Eike Batista

2007
Eike cria a OGX Petróleo e Gás, principal de seu grupo empresarial, o EBX,
A companhia ancora outros braços do grupo, como a LLX (logística) e a OSX (estaleiro)

2008
Petrolífera adquire 21 blocos de petróleo em rodada de concessões da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em seguida, OGX capta US$ 1,3 bilhão em uma oferta privada de ações.
R$ 6,71 bilhões são captados no processo de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês). Eike Batista detém 62% da OGX. Os outros 38% estão pulverizados no mercado.
Empresa consegue 70% de participação em 7 blocos na Bacia do Parnaíba, no Nordeste.

2009
Início da campanha exploratória marca etapa em que a empresa começa a sair do papel.
52 prospectos exploratórios em 22 blocos são realizados em 5 bacias no Brasil (Santos, Campos, Espírito Santo, Pará-Maranhão e Parnaíba)
2010
Petrolífera adquire 5 blocos terrestres na Colômbia
US$ 2,9 bilhões é o caixa anunciado pela OGX para investimentos

2011
Campanha exploratória perfura 34 poços de óleo e gás
Portfólio da companhia incluí 29 blocos marítimos, 7 terrestres no Brasil e 5 na Colômbia
R$ 4,8 bilhões é o capital reservado para exploração, produção inicial e novas aquisições
R$ 600 milhões a R$ 700 milhões é o capital reservado para campanha de exploração com previsão de atingir 15 poços. Até lá OGX espera perfurar 87 poços . OSX, estaleiros de Eike Batista , recebe da OGX encomenda de 3 navios-plataforma . Transação envolve 2,3 bilhões.

Petróleo – 96 milhões de barris de petróleo é a reserva estimada para o complexo da MPX na Bacia do Paraíba, no Maranhão. O recurso deverá ser explorado pela OGX,
Petrolífera que opera na região junto com a MPX.

Colômbia – 1,74 bi de toneladas de carvão mineral é o tamanho da reserva mantida pela CCX (novo nome da MPX na Colômbia). A empresa é dona de uma área de 38 mil hectares na região colombiana de La Guajira

Potencial – 11 gigawatts é o potencial de geração de energia do projetos da MPX na Ámerica do Sul. A empresa controla hoje uma série de ativos em carvão mineral e gás natural no Brasil, Chile e Colômbia

Geração – 2,1 mil megawatts de energia devem ser gerados pela empresa no Chile. A MPX projeta instalar uma usina termelétrica a base de carvão mineral. A investida da empresa no país vizinho soma US$ 4,4 bilhões em aportes.