O prazo das concessões foi ampliado de 25 anos para 30 anos e a perspectiva de aumento de tráfego nas rodovias também foi reduzida, de cerca de 5% ao ano para 4% ao ano. Ficou mais realista, disse Mantega. As mudanças no financiamento melhoram a equação financeira dos projetos, o que faz com que a taxa de retorno deva ser superior a 10% ao ano. Estimativas no mercado financeiro apontavam que, sob os moldes anteriores, a taxa interna de retorno ficaria abaixo de 6%.

Foi um sinal positivo, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Base e Infraestrutura (Abdib), Paulo Godoy. As condições do Brasil melhoraram muito, mas há riscos que envolvem os projetos, como desapropriações, questões ambientais, ações na justiça, o que cria a necessidade de uma agenda para melhorar a rentabilidade dos projetos, por exemplo no custo da dívida, disse Godoy.

O prazo de financiamento das concessões rodoviárias subiu de 20 anos para 25 anos, sendo que o prazo de carência pulou de três anos para cinco anos. A taxa de juros, que era de TJLP (hoje em cerca de 5%) + 1,5%, passou para TJLP mais até 1,5%, dependendo da classificação de risco do tomador. Foram ainda mudadas outras condições de financiamento para que a alavancagem do BNDES nos projetos possa chegar a 80%, o que, de acordo com empresários, não ocorria.