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Clippings - 06/02/13

Revisão de regra aumenta rentabilidade de concessão

Segundo estimativas do setor privado, a participação do banco de fomento chegava até a 55% ou 60% de um projeto. A taxa de cobertura da dívida estava atrelada a um patrimônio líquido maior ou igual a 1,3 vezes o total financiado, o que agora caiu para uma vez. O empresário tinha de colocar mais dinheiro no início do projeto, havendo necessidade de amortização mais constante, disse um empresário. As regras foram bem recebidas, mas há uma dúvida entre os investidores. Fica a incerteza de como se dará a precificação do investimento, porque às vezes o governo usa tabelas do TCU ou do DNIT que são desatualizadas, afirmou o presidente de uma grande empresa.

Os editais dos nove lotes de rodovias, que incorporarão as novas regras financeiras, deverão sair entre o fim de abril e início de maio. A previsão é de que os leilões possam ocorrer entre 30 a 60 dias após a divulgação do material. De acordo com o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, foram alterados critérios técnicos, corrigindo problemas de estudos e dando mais atratividade aos projetos. Agora as tarifas máximas ficarão mais próximas do teto e não do piso, como antes, afirmou. Figueiredo destacou que, com o prazo de concessão maior e com uma base mais realista de tráfego, a remuneração sobe. Isso melhorou as condições, disse.

No caso das ferrovias, o governo trabalha para colocar, até setembro, no mercado os editais de projetos que poderão acrescentar dez mil quilômetros à malha ferroviária nacional. Nesses trechos, não haverá risco de demanda, já que a capacidade de carga será comprada pelo governo. Preveem-se o direito de passagem nos trilhos e a criação de operadores ferroviários independentes. A taxa interna alavancada dos projetos deve se situar entre 13% a 16% ao ano. Se desconsiderarmos combustível e minério de ferro, 90% das cargas são escoadas por rodovias, por isso trabalhamos a multimodalidade, disse Figueiredo. A frota de caminhões tem idade média de 18 anos. Isso não é sustentável no médio prazo, destacou o presidente da EBL, que frisou que existe um déficit entre R$ 400 bilhões a R$ 500 bilhões em infraestrutura.