O projeto de revitalização da Zona Portuária – batizado de Porto Maravilha – ganhou adesões de instituições públicas que anunciaram planos para a área. Segundo o prefeito Eduardo Paes, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior, prepara a reforma do prédio do extinto jornal A Noite, na Praça Mauá. Outra iniciativa é a reforma da sede da Polícia Federal, que inclui a construção de um anexo para abrigar o serviço de inteligência do órgão, a um custo de R$ 100 milhões em três anos. Em outra frente de investimentos, a prefeitura lança em setembro a pedra fundamental da nova sede nacional do Departamento de Meio Circulante do Banco Central, setor que controla a circulação de moeda no país.
Segundo o presidente do Instituto Pereira Passos (IPP) e secretário extraordinário de Desenvolvimento, Felipe de Góes, o INPI deverá apresentar, em dois meses, o projeto de recuperação interna e externa do edifício A Noite. O volume de investimentos do instituto na obra ainda está sendo decidido. Mas já se sabe que, após a reforma, o prédio de 20 andares – o primeiro arranha-céu do Rio – concentrará as atividades do órgão. A previsão é que o imóvel abrigue um centro cultural e um restaurante no térreo. Na cobertura, estuda-se a abertura de um café com vista panorâmica.
A PF também pretende construir um restaurante, que seria concedido à exploração da iniciativa privada, além de um teatro com 400 lugares. Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), o prédio estava abandonado há 40 anos e foi totalmente restaurado nos últimos dois anos, a um custo de R$ 400 mil.
Prefeitura garante R$ 200 milhões
Dividido em duas fases, o projeto de revitalização do Porto já tem garantidos cerca de R$ 200 milhões da prefeitura, segundo Paes, que espera ainda a liberação de US$ 187 milhões de recursos do Ministério do Turismo. O dinheiro será aplicado nas obras da primeira etapa do projeto, previstas para começar em outubro e com prazo de execução de três anos. (O Globo – 13
27/08/2009)