A construção de um gasoduto de transporte ligando Cabiúnas, distrito de Macaé (RJ), a Ipatinga (MG) está em proposta enviada à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) pelos governos do Estado do Rio e de Minas Gerais, em parceria com CEG e Gasmig. O canal cortaria quase 400 quilômetros, metade em cada estado. Atravessaria as regiões Norte e Noroeste do Rio, passando por cidades como Cantagalo e Itaperuna. “Criaríamos um novo mercado de gás natural. Ele atenderia, por exemplo, à indústria cimenteira, que hoje usa coque de petróleo”, diz Julio Bueno, secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio. Ele estima que, se sair do papel, o projeto custará cerca de US$ 400 milhões. Bruno Armbrust, presidente da CEG, acrescenta que estudos identificaram clientes em potencial. “Estimamos que 18 indústrias, localizadas em oito municípios, podem ser beneficiadas. O consumo delas gira em torno de 1,3 milhão de metros cúbicos por dia. Haverá ainda a possibilidade de ampliar o uso de gás veicular na região. Com a construção de gasoduto, podem surgir novas demandas”, informa.
O Mapeamento identificou ainda uma rede doméstica com mais de 32 mil potenciais clientes, em 14 cidades. A ideia é integrar o projeto ao Plano Decenal de Expansão da Malha Dutoviária (Pemat). Distribuidoras de todo o país apresentaram projetos considerando a projeção de consumo em seus estados nos próximos dez anos. A EPE vai analisar propostas e deve divulgar conclusões no fim deste ano. A partir desses estudos, o Ministério de Minas e Energia poderá propor as expansões, por iniciativa própria ou por provocação de terceiros.