RIO – O secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Julio Bueno, afirmou que se o estaleiro do Caneco, no Caju, Zona Norte do Rio, não for leiloado em quatro meses o terreno será desapropriado. Fundado em 1886, o estaleiro e está arrendado desde 2000 pelo grupo Rio Nave, empresa formada por ex-funcionários do Caneco e pelo ex-presidente da Transpetro, Mauro Campos. O Caneco decretou falência em outubro 2006
De acordo com o secretário, os recursos do leilão pagariam os credores e resolveriam a solução de 900 funcionários que foram demitidos em 1997. “Se for necessário vamos desapropriar para a indústria naval”, disse Bueno.
De acordo com ele, um dos papéis do Estado para o desenvolvimento da área naval, nos últimos cinco anos, tem sido encontrar áreas para a indústria naval crescer. O estaleiro tem processos que estão em curso na 5ª Vara Empresarial do Rio e, atualmente, trabalha com reparos, mas não constrói navios.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, destacou que os investimentos de R$ 15,4 bilhões que o setor naval e offshore do Estado do Rio vão receber entre 2012 e 2014 serão 17% maiores do que o triênio 2011-2013. Dos R$ 15,4 bilhões, R$ 6 bilhões se referem à construção de novos estaleiros, um aumento de 37% em relação ao perãodo anterior.
“E aqui não estão incluídos ainda as discussões sobre os investimentos em Inhaúma e também dos diversos estaleiros em Barra do Furado”, disse Eduardo Eugênio. De acordo com ele, hoje o Estado do Rio tem 42% dos 60 mil empregos diretos no setor no Brasil. “Esse número vai crescer 60% nos próximos três anos”, completou.