O Porto de Roterdí (Holanda) – considerado o maior da Europa – anunciou um volume recorde nas cargas transitadas durante o exercício de 2010. O tráfego de contêineres teve crescimento de 14%, para 11,1 milhões de Teus (medida equivalente a um recipiente de 20 pés) ante 9,8 milhões de Teus em 2009, superando o recorde anterior de 10,8 milhões de Teus de 2008.
O total movimentado aumentou 11,1%, para 430 milhões de toneladas métricas, em relação às 387 milhões de toneladas métricas do intervalo de 2009 e novamente superior ao recorde de 2008, de 421 milhões de toneladas métricas. Este resultado está acima das expectativas. É uma movimentação recorde para o porto, enquanto a Autoridade Portuária investiu um valor inédito de US$ 602 milhões, afirmou o executivo-chefe do complexo, Hans Smits.
Este ano, o tráfego foi estimulado particularmente pela alta de 15% no trade mundial e pela economia alemí em ascensão, ponderou o executivo. Estou cauteloso, porém otimista quanto a 2011, e espero que a movimentação cresça entre 2 a 3%, para aproximadamente 440 milhões de toneladas.
Segundo a Autoridade Portuária, o fluxo de contêineres retornou a níveis normais em 2010. Roterdí expandiu sua participação de mercado nas principais rotas entre Ásia e Europa, com as transportadoras adicionando mais embarcações de grande porte, que têm mais facilidade de aportar mais facilmente no complexo holandês do que em portos concorrentes.
O segmento ro-ro (roll on-roll off) aumentou 5,4%, para 16,9 milhões de toneladas, mas ainda permanece 6% abaixo dos níveis de 2008 por conta da instabilidade econômica no Reino Unido, principal mercado para o setor. A movimentação de cargas convencionais e breakbulk teve alta de 15,9%, para quase 7 milhões de toneladas, com destaque para aço e cargas de projeto, produtos de papel e madeira, metais, automotivos e frutas.
Por sua vez, os granéis secos cresceram 28%, para 85 milhões de tonelas, impulsionados por uma elevação de 71% nos embarques de minério de ferro e sucata, atingindo quase 40 milhões de toneladas. Entre os granéis líquidos, o incremento foi abaixo de 6%, para 209 milhões de toneladas.