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Clippings - 14/08/24

Rystad Energy prevê crescimento constante do setor de subsea

Impulsionado pelo aumento das despesas dos operadores em equipamentos e serviços de instalação, a consultoria estima que os gastos globais ultrapassarão US$ 42 bilhões até 2027, com destaque para o Brasil

O segmento de subsea, que inclui players envolvidos em sistemas de produção e processamento, como risers e linhas de fluxo umbilicais submarinos (SURF), árvores, cabeças de poço, manifolds e outros componentes, está pronto para experimentar um influxo significativo de capital, afirma a Rystad Energy em análise publicada na segunda-feira (12).

Impulsionado pelo aumento das despesas dos operadores em equipamentos e serviços de instalação, a consultoria projeta uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 10% de 2024 a 2027, com gastos totais previstos para exceder US$ 42 bilhões até o final deste período.

De acordo com a Rystad Energy, a atividade de investimento tem sido particularmente robusta em regiões como América do Sul e Europa, onde grandes projetos estão fazendo progressos significativos e atraindo novos investimentos. “O Brasil, notavelmente, continua sendo um ponto focal devido às suas vastas reservas do pré-sal, gerando forte demanda por equipamentos subsea e SURF”, afirma.

Para o Brasil, a consultoria prevê que as despesas devem aumentar 18% em relação ao ano anterior, para US$ 6 bilhões em 2024. Globalmente, a Rystad Energy estima que os gastos acumulados vão atingir US$ 32 bilhões até o final de 2024, representando um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior, sendo impulsionado por uma forte atividade de serviços, equipamentos e SURF que são, por sua vez, demandados por projetos em águas profundas e ultraprofundas.

Além do O&G, o setor de subsea também está se expandindo para outros tipos de aplicações, como a captura e armazenamento de carbono (CCS). De acordo com a Rystad, o CCS está criando novas oportunidades para fornecedores e está estimulando a pesquisa e o desenvolvimento neste mercado emergente. Consequentemente, os fornecedores estão liderando o caminho no desenvolvimento de sistemas de produção submarina mais eficientes, que muito provavelmente deverão ter uma adoção mais ampla.

“O mercado de subsea se recuperou fortemente dos impactos da Covid-19, que causou uma queda significativa de 20% nas despesas em 2020. Em 2021, a indústria começou a se recuperar, com os gastos aumentando em 5%, atingindo os US$ 23 bilhões. Olhando para o futuro, prevemos um crescimento constante no setor subsea, alimentado por avanços na exploração em águas profundas e na CCS. Essa recuperação destaca a resiliência da indústria e sugere uma trajetória promissora de progresso consistente”, afirmou Sanwari Mahajan, analista de Pesquisa de Supply Chain da Rystad Energy, segundo o comunicado.

Projetos

Os desenvolvimentos em águas profundas devem dominar o setor, respondendo por 45% do mercado de 2024 a 2028. Projetos greenfield significativos incluem a revitalização do campo de Barracuda, na Bacia de Campos; Johan Castberg e Breidablikk na Noruega e Golfinho em Moçambique. Já as principais iniciativas brownfield incluem Balder Future, Gullfaks South e Schiehallion, na Noruega e no Reino Unido.

Projetos em águas ultraprofundas, impulsionados por grandes FPSOs no Brasil e na Guiana, devem capturar 35% do mercado. Espera-se que a América do Sul lidere globalmente com 500 instalações de árvores submarinas nos próximos cinco anos. Os próximos projetos greenfield em águas ultraprofundas (além de 1,5 mil m) incluem Yellowtail, Tilapia e Redtail na Guiana, ao lado de Búzios VIII, Búzios IX, Sépia e Atapu no Brasil.

No setor de SURF, as instalações globais devem atingir 3,5 mil km em 2024. O Brasil deve ser responsável por 22% deste total, enquanto os EUA e a Angola devem contribuir com 15% e 10%, respectivamente. A taxa de instalação deve crescer a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 15% de 2024 a 2028, com Brasil, Noruega, EUA, Reino Unido e Angola sendo os principais mercados.

Fornecedores e operadores

Olhando para os fornecedores e operadores prontos para moldar o mercado nos próximos anos, a TechnipFMC deve fornecer cerca de 400 árvores submarinas entre 2024 e 2029. Desse total, 35% são estimados para os desenvolvimentos da ExxonMobil na Guiana e 22% para a Petrobras no Brasil. Simultaneamente, a OneSubsea deve fornecer cerca de 270 árvores no mesmo período, com cerca de 40% projetados para o Brasil. A Aker Solutions (agora OneSubsea) deve fornecer 150 árvores, com 80% destinados à Noruega.

De acordo com a Rystad Energy, a Petrobras continua sendo uma operadora dominante, particularmente na América do Sul, onde investiu pesadamente em desenvolvimentos do pré-sal. Na Europa, a Equinor e a Aker BP são notáveis ​​por seus extensos portfólios subsea, com projetos de tie-back significativos na Plataforma Continental Norueguesa. Nos EUA, a Shell e a bp lideram com investimentos substanciais em exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas. Por fim, a TotalEnergies ocupa uma posição forte na África, especialmente na Angola e na Nigéria.

Fonte: Brasil Energia