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Clippings - 12/11/09

Seguradoras lucram R$ 7 bilhões

As seguradoras brasileiras lucraram R$ 7 bilhões este ano, até setembro. Os ganhos subiram 8% em relação a igual perãodo de 2008. As vendas de seguros melhoraram e ajudaram a engordar os ganhos. Os prêmios totais somaram R$ 68 bilhões, alta de 9%, segundo levantamento da consultoria Siscorp feito a partir de dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
As empresas brasileiras têm se saído melhor que algumas seguradoras europeias e americanas, que tiveram grandes prejuízos devido à crise e aplicações em derivativos de crédito. Só agora, no terceiro trimestre, essas companhias vêm conseguindo reverter as perdas acumuladas por conta da crise.

Marco Antonio Rossi, presidente do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, diz que o desempenho do mercado segurador brasileiro causa inveja lá fora. Nosso grupo segurador teve uma rentabilidade patrimonial de quase 28%, valor difícil de ser encontrado em uma empresa americana. A rentabilidade média do mercado ficou em 18%, segundo a Siscorp.
Rossi acabou de chegar de Londres, onde a Bradesco Seguros foi receber o prêmio de melhor seguradora da América do Sul da revista inglesa World Finance. Me espantei com o otimismo em relação ao Brasil.

O lucro das seguradoras no país pode ser ainda maior que os R$ 7 bilhões computados pela Susep. A razão é que esses números não incluem os dados consolidados do seguro saúde, pois a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ainda não divulgou os números para 2009. Hoje a SulAmérica, forte no mercado de saúde, divulga seu balanço.

O resultado do setor poderia ter sido ainda melhor não fossem as mudanças climáticas. Pela primeira vez as alterações no clima vêm tendo influência no balanço das seguradoras. O lucro da Bradesco caiu cerca de 10% no ano, influenciado pelas enchentes em grandes cidades e as fortes chuvas pelo país, além da gripe suína. Só em Santa Catarina, os sinistros somaram R$ 40 milhões na seguradora por conta dos problemas do final do ano passado que afetaram as carteiras de transporte, residências, carros e seguros patrimoniais.

Ontem, a Porto Seguro anunciou resultado 2,3% menor no terceiro trimestre, com aumento de sinistros nos automóveis. Na carteira de carros, um dos fatores que pesaram foram as chuvas em São Paulo acima das médias históricas, além do aumento de acidentes e colisões por causa das férias de julho, segundo José Tadeu Mota, diretor de relações com investidores da Porto.
O mercado de automóveis é um dos que mais cresce no setor, com expansão de 12% este ano até setembro. A venda de carros foi impulsionada no perãodo pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Já os seguros de transportes, com queda de 6%, e os de crédito, com recuo de 7% estão ente os com pior desempenho. No caso do crédito, o aumento da inadimplência entre empresas e pessoas físicas, principalmente no primeiro semestre, frearam as vendas. No transporte, as seguradoras ficaram mais cautelosas em função das mudanças climáticas, má conservação das estradas e aumento dos roubos de cargas em todo o país.