Os Estados Unidos adotam uma política de incentivo ao uso de etanol fixando uma tarifa de 54 cents por galão de etanol importado e 45 cents de subsídio para se misturar etanol a gasolina. A tarifa ao etanol importado visa proteger a produção local, enquanto o subsídio visa estimular o consumo. Esta política de incentivos expira no final deste ano e os debates sobre a sua renovação ou não se intensificam. Um grupo suprapartidário formado por 17 senadores descontentes com a política lidera um movimento para que não esta seja renovada. O grupo, que apóia a produção doméstica de etanol, feito através de milho, considera que o fim da política de incentivos é importante para diminuir o déficit orçamentário, melhorar o meio ambiente, reduzir a dependência do óleo importado, além de gerar empregos nos Estados Unidos. O grupo entende que ao se fixar a tarifa do etanol importado o preço do etanol doméstico também sobe, e no fim das contas ocorre menor consumo do produto. Estes senadores também alertam que a importação de etanol é necessária, sendo que a política de fixação de tarifa desestimula a importação de etanol de países aliados como Brasil, Índia e Austrália uma vez que fica mais vantajoso produzir combustível, sem etanol, a partir de óleo importado. Também se destaca que grupos industriais no setor de produção de alimentos e agropecuários fazem pressão pelo fim do subsídio ao etanol de forma a reduzir os custos de seus insumos. A proposição da eliminação dos mecanismos de estímulo ao uso de etanol, entretanto, é polêmica, uma vez que o aumento na produção doméstica de etanol provoca o aumento do preço dos alimentos assim como incrementa o uso de fertilizantes e pesticidas usados na produção de milho americano. A decisão sobre esta matéria é de grande importância para os produtores brasileiros de etanol.