A Companhia Vale do Rio Doce divulgou, na última semana, o seu resultado referente ao segundo trimestre de 2009. No perãodo, os serviços de logística geraram receita de US$ 280 milhões, contra US$ 463 milhões no mesmo perãodo do ano passado e US$ 199 milhões no primeiro trimestre. Os investimentos em logística representaram 28,1% do total (US$ 585 milhões), frente a 17,2% (US$ 397 milhões) no segundo trimestre de 2008 e 18,5% (US$ 317 milhões) nos primeiros meses de 2009. Um dos investimentos de destaque na área foi o Corredor Sudoeste, expansão da ferrovia Vitória a Minas e do Porto de Tubarão, com conclusão esperada ainda para o segundo semestre. Neste trimestre, foram gastos US$ 107 milhões na obra. Ao todo, já foram investidos US$ 553 milhões.

O transporte ferroviário de carga geral produziu receita de US$ 223 milhões, enquanto os serviços de operação portuária contribuíram com US$ 57 milhões, o que sinaliza uma queda em relação ao mesmo perãodo de 2008, onde foram produzidos US$ 382 milhões e US$ 81 milhões, respectivamente. As ferrovias da empresa – Carajás (EFC), Vitória a Minas (EFVM), Norte-Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA) – transportaram 6,207 bilhões de toneladas por quilômetro útil de carga geral para clientes, um incremento de 22,9% em relação ao primeiro trimestre do ano.

O crescimento no volume transportado de carga geral é explicada em parte por fatores sazonais na produção agrícola brasileira, elevando a demanda pelos serviços de logística durante o segundo e o terceiro trimestres de cada ano. O volume transportado dos produtos agrícolas nas ferrovias cresceu 53,5% em relação aos primeiros meses do ano e 12,9% se comparado ao mesmo perãodo de 2008. As principais cargas transportadas pelo modal foram produtos agrícolas (57,3%), insumos e produtos siderúrgicos (24,6%), combustíveis (6,1%), materiais de construção e produtos florestais (4,6%) e outros (7,4%).

Os portos e terminais marítimos movimentaram 5,238 milhões de toneladas métricas de carga geral, contra 3,929 milhões no trimestre anterior, resultado da forte demanda sazonal dos produtos agrícolas principalmente na região norte do Brasil. (Por Grazielle Schneider – Portal NetMarinha – De Florianópolis)