A Petrobras registrou propostas de 15 empresas, mas apenas a fornecedora indiana continua no páreo. A tarifa diária prevista é de US$ 9,25 milhões.

A Petrobras encerrou na última sexta-feira, 30, o prazo de recebimento de propostas para o afretamento da FPSO que vai instalar nos campos de Barracuda e Caratinga, na Bacia de Campos. A única empresa a apresentar oferta, de tarifa diária de US$ 9,25 milhões, foi a indiana Shapoorji Pallonji. Ao todo, a estatal registrou 15 propostas de grandes fornecedores, como Modec, BW Offshore e Ocyan, mas 14 declinaram. Uma das interessadas chegou a pedir, na semana passada, a extensão do prazo por mais 30 dias, mas não foi atendida.
A data de entrega de propostas na licitação estava prevista, inicialmente, para 1º de julho deste ano, mas foi postergada até o último dia 30, numa tentativa da Petrobras de atrair mais competidores à concorrência. Os interessados enfrentam, principalmente, dificuldade de ter acesso a crédito para um projeto intensivo em capital.
A Shapoorji é uma empresa especializada em engenharia, construção e montagem de infraestrutura para os setores de petróleo e gás, energia e energias renováveis. Ela já construiu quatro FPSOs – três na Índia e uma na Indonésia. Em seu site, a empresa destaca a entrega de unidades para a indiana ONGC no prazo recorde de 18 meses. Segundo a empresa, um deles, o Armada Sterling V, possui o maior sistema de produção de torre submersível do mundo.
Em agosto do ano passado, foi aberta uma sede brasileira da fornecedora, a Shapoorji Pallonji do Brasil Energy, no Rio de Janeiro, voltada a construções de embarcações de grande porte. A sociedade é formada pela indiana com o empresário Humberto Loureiro Júnior, presidente da Seaoil.
O FPSO de Barracuda e Caratinga faz parte do projeto de revitalização da Bacia de Campos pela Petrobras. A unidade terá capacidade de produzir diariamente até 100 mil barris de petróleo e processar até 6 milhões de m³ de gás. As especificações do projeto incluem a instalação de tecnologias de redução de emissões de gases de efeito estufa, como sistema de flare fechado e cogeração por ciclo combinado.
Hoje, o sistema é explotado pelos FPSOs P-43 e P-48, que entraram em operação em 2004 e 2005, respectivamente.
Fonte: Revista Brasil Energia