Companhia alega “limitada prospectividade na região” na carta enviada à agência reguladora. O bloco está localizado no pré-sal da Bacia de Santos e possui somente um poço perfurado

A Shell e seus parceiros de consórcio optaram por devolver o bloco Alto de Cabo Frio Oeste, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, “devido à limitada prospectividade na região”, segundo carta enviada à ANP na última sexta-feira (5).
O bloco foi adquirido na 3ª Rodada de Partilha de Produção da ANP, realizada em 2017, pelo consórcio formado por Shell (operadora, com 55%), QPI (25%) e CNOOC Brasil (20%), sendo a PPSA gestora do contrato de partilha.
No Relatório de Descomissionamento das Instalações (RDI) Executivo de Alto de Cabo Frio Oeste, a Shell afirma que o Programa Exploratório Mínimo (PEM) relativo ao bloco foi integralmente cumprido com a realização das seguintes atividades: a aquisição de dados sísmicos 3D, e a perfuração do poço 1-SHEL-31-RJS, que foi executada pela sonda Brava Star, da Constellation, no último trimestre de 2019, em lâmina d’água de 1,722 mil m.
O poço foi perfurado para testar o prospecto de Vidigal, entendido como um fechamento quaquaversal na base do sal desenvolvida sobre um proeminente alto estrutural, com possível fechamento estratigráfico que, se confirmado, estenderia a coluna de hidrocarbonetos.
Ainda de acordo com o relatório, o poço foi perfurado com sucesso e todos os aspectos operacionais relacionados aos objetivos foram concluídos. “Resultado de avaliação e motivações para abandono definitivo foi de resultado de poço portador de hidrocarboneto sub-comercial”, conclui a Shell no documento.
Adicionalmente, a Shell informa que não existe nenhuma instalação a ser descomissionada no bloco de Alto de Cabo Frio Oeste, tendo em vista que o único ativo presente no bloco é um poço exploratório permanentemente abandonado.
Fonte: Revista Portos e Navios