A Shell deu início à produção do FPSO do campo de Stones, instalado em lâmina d’água de 2.900 m – a mais profunda do mundo para um projeto de óleo e gás, segundo a petroleira. Localizado no Golfo do México, o empreendimento deve produzir 50 mil boe/dia quando o ramp-up for finalizado, ao fim de 2017.

“Nossa crescente experiência no uso de novas tecnologias nos ajudará a acessar mais recursos em águas profundas ao redor do mundo”, afirmou Andy Brown, diretor de Upstream da companhia anglo-holandesa.

Ao todo, a Shell produz 600 mil boe/dia em áreas de águas profundas, volume que pretende aumentar para 900 mil boe/dia até o começo da próxima década com o desenvolvimento de descobertas como Coulomb Fase 2 e Appomattox, no Golfo do México, e Malikai, na Malásia, respectivamente.

A companhia opera projetos que estão entre os mais profundos do mundo. O campo de Perdido, no Golfo do México, conta com a spar localizada em maior lâmina d’água, a 2.450 m. No Brasil, a petroleira perfurou, em 2003, o poço 1-SHEL-14-RJS, em lâmina d’água de 2.887 m, na Bacia de Campos, mas sem encontrar indícios de petróleo.

Atualmente, o poço localizado em lâmina d’água mais profunda no país é o 3-BRSA-1296-SES, no bloco SEAL-M-499, operado pela Petrobras, na Bacia de Sergipe-Alagoas. A perfuração faz parte da avaliação da descoberta de Moita Bonita e registrou uma descoberta de óleo.

GOM

Em geral, o Golfo do México concentra os empreendimentos em maior lâmina d’água globalmente. Entre os exemplos estão os projetos de Atlantis e Lucius, operados pela BP e Anadarko, respectivamente. Ambos estão em lâmina d’água de 2.200 m.

A Exxon, maior produtora privada do mundo, é operadora do projeto de Hadrian South – também no GOM – em lâmina d’água de 2.331. Já a Chevron opera a unidade de Jack/St Malo, em lâmina de 2.100 m. A Petrobras tem participação em três dos quatro projetos: Lucius, St. Malo e Hadrian South.

Uruguai

Neste ano, Total e a Exxon bateram o recorde mundial com a perfuração do poço de Raya-1, em lâmina d’água de 3.400 m no Uruguai. A perfuração foi iniciada em abril e concluída no mês passado, sem indícios de petróleo ou gás.