Após vender sua parte no bloco BM-S-8 para a Queiroz Galvão Exploração e Produção e a Barra Energia, a Shell afirmou que continua investindo na Bacia de Santos, onde tem participações em dois blocos, ambos em fase de exploração – BM-S-54 e BM-S-45 – além de um bloco em fase de desenvolvimento na mesma bacia – BS-4.
Em entrevista ao NN, o gerente de Relações Externas de Exploração e Produção da empresa, Flávio Rodrigues, diz que a Shell tem o objetivo de transformar o Brasil em uma área central para os negócios da companhia no setor e projeta a perfuração de de sete a dez poços exploratórios nos próximos dois anos no país.
A Shell tem interesse em continuar investindo e ampliando o portfólio no país. Possuimos 13 concessões para exploração, produção e desenvolvimento de petróleo e gás no Brasil, sendo 8 offshore e 5 onshore. Desses, nove são operados pela Shell: BM-S-54, BS-4, Bijupirá-Salema, Parque das Conchas (BC-10), SF-T-80, SF-T-81, SF-T-82, SF-T-83 e SF-T-93, ressalta Flávio. Atualmente, a companhia produz em torno de 85 mil barris por dia e no último ano gerou 34 MMboe, no Parque das Conchas e em Bijupirá e Salema, 30% acima da meta para o ano. O resultado representa a consolidação da liderança da Shell entre as empresas internacionais que investem de petróleo e gás no país, diz o gerente da Shell.
De acordo com Flávio, a Shell está sempre analisando as oportunidades de aquisição de novos blocos. Esse movimento pode ocorrer por meio de farm-in ou de leilões da ANP. Nesse sentido, a empresa aguarda a divulgação do edital e das áreas que serão ofertadas na 11º rodada. Estaremos analisando a atratividade dos blocos sendo prematuro fazer qualquer afirmação sobre assunto, diz o gerente. A Shell só não participou das rodadas cinco e nove da agência reguladora.
Desde a abertura do mercado em 1998 a Shell já investiu mais de US$ 3 bilhões somente no setor de Upstream e foi a primeira empresa privada a produzir no país, após a Petrobras. A perspectiva para 2011, segundo a empresa é de mais investimento no Brasil, um dos seis países foco na estratégia global da companhia anglo-holandesa.