O sistema de sísmica 4D que a Shell implementará no campo de Argonauta O-Norte, no BC-10, na Bacia do Espírito Santo, será a mais profunda instalação do tipo já feita pela petroleira. O sistema ficará em lâmina d’água de 1.800 m e terá como uma de suas principais finalidades assegurar o funcionamento adequado do sistema de injeção de água do empreendimento, destacou, o diretor de Projetos Subsea da petroleira, Ebere G. Chimezie.
“Daremos especial atenção a esse aspecto, pois se trata de um reservatório de baixa pressão. Então, é fundamental nos certificarmos de que estamos injetando no local correto”, explica o executivo. O sistema será formado por sensores ligados por cabos que somarão mais de 100 km de extensão.
De acordo com Chimezie, o primeiro óleo da segunda fase do Parque das Conchas, que consiste no desenvolvimento de Argonauta O-Norte, está previsto para o final de 2013. A iniciativa envolverá a perfuração de 11 novos poços (sete produtores e quatro injetores), a instalação de quatro bombas multifásicas e, assim como na fase 1, o uso de umbilicais de alta voltagem e de uma configuração de risers em lazy-wave.
A campanha será conduzida pelas sondas Max Smith e Noble Corp Bully II. A primeira deve chegar ao Brasil em fevereiro de 2013 e ficar à disposição da Shell até fevereiro de 2016, de acordo com Noble. Já a Bully II foi comissionada à Shell em abril deste ano, em contrato de cinco anos, com opção de renovação por mais cinco.
Os novos poços serão interligados ao FPSO Espírito Santo, que tem capacidade para produzir 100 mil bopd e 75 mil barris de água/dia. Até o momento, mais de 60 milhões de barris já foram produzidos no BC-10. A fase 3 do projeto está atualmente em estudo pela petroleira anglo-holandesa.
Ebere G. Chimezie participou, do X Seminário Internacional de Energia da Britcham, no Rio de Janeiro.