O Sindicato da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) emitiu nota ontem afirmando que a empresa Comtrol Comércio e Transporte de óleos Ltda – em cujo cais em Niterói uma chata explodiu no dia 16 de julho, matando dois funcionários não é um estaleiro, ao contrário do que foi noticiado por ocasião do acidente. Na nota, o Sinaval lamenta o ocorrido e esclarece que a Comtrol é registrada na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) como empresa de navegação de apoio portuário.
O assessor da presidência da Comtrol, José Antônio Tavares, garante que a empresa nunca exerceu as atividades de um estaleiro. A Comtrol recolhe resíduos oleosos de embarcações, afirma. A explicação é a mesma que está no site da Comtrol (www.comtrolbr.com.br), onde ela é descrita como prestadora de serviços de recebimento, transporte marítimo e terrestre, beneficiamento e destinação final de resíduos oleosos de embarcações ou unidades industriais. A empresa tem sede em Niterói, onde trabalham 40 funcionários, e filiais em Sepetiba e Santos (SP).
O acidente aconteceu no início da manhí do dia 16, quando uma chata da empresa contendo 60 metros cúbicos de óleo, que estava atracada no cais da Comtrol, em Niterói, explodiu, matando dois funcionários identificados como Marco Antônio Lima Costa, 41 anos, e João Batista, 59 e ferindo outros quatro. Destes, três Claudemir Francisco, Jadir Evangelista e Jorge Pereira – ainda estão internados em observação nos hospitais Santa Cruz, em Niterói, e Andaraí, no Rio de Janeiro. Segundo José Antônio Tavares, além dos inquéritos abertos pelo 1º Distrito Naval da Marinha e pela 76ª DP (Niterói), a própria empresa também está apurando as causas do acidente. Estamos realizando uma perícia interna que deve ser concluída em dez dias, disse.