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Clippings - 25/03/25

Sistema de detecção de óleo no mar será implementado em etapas

O Sistema Multiusuário de Detecção, Previsão e Monitoramento de Derrame de Óleo no Mar (SisMOM) vai englobar desde a detecção de embarcações até o desenvolvimento de sistemas marítimos autônomos. Representantes do Inpe, Ibama e Marinha do Brasil se reuniram para discutir as próximas fases do projeto

Participantes da reunião sobre o projeto SisMOM (Foto: Divulgação Inpe)

O Sistema Multiusuário de Detecção, Previsão e Monitoramento de Derrame de Óleo no Mar (SisMOM), projeto que utiliza tecnologia de ponta e Inteligência Artificial (IA) para monitorar e prever o deslocamento de manchas de óleo nas águas jurisdicionais do Brasil, entre outras funções, será implementado em diversas etapas.

A primeira reunião de atividades do SisMOM foi realizada na sede do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), coordenador do projeto, em São José dos Campos (SP), no último dia 11, e contou com a participação do Ibama, da Marinha do Brasil e de outras instituições de pesquisa. O encontro teve, como objetivo, avaliar o andamento do projeto e traçar os próximos passos para a implementação das soluções tecnológicas desenvolvidas.

O Ibama participará da implementação do sistema por meio do seu Centro Nacional de Emergências Ambientais e Climáticas (Ceneac). Além disso, o instituto também informou que vai integrar o SisMOM ao Sistema de Informações sobre Incidentes de Poluição por Óleo (Sisnóleo). Já o Inpe vai incorporar os dados do SisMOM ao Sistema Inteligente de Previsão de Extremos Climáticos (Sipec), que prevê eventos climáticos extremos com antecedência.

O sistema

O SisMOM será capaz de detectar manchas de óleo, estimar o seu volume e fazer previsões sobre o percurso antes de atingir o litoral brasileiro. Ele também realizará monitoramento de embarcações, o que possibilitará a identificação dos poluidores em águas brasileiras.

O sistema é composto por grupos temáticos que desenvolverão algoritmos inteligentes de detecção automática de navios em trânsito e de óleo no mar; modelos de dispersão de óleo no mar; provimento de serviços de supercomputação e armazenagem em disco para atender ao sistema multiusuário; sistema de lançamento rápido de sensores autônomos para a detecção e qualificação de óleo no mar; constelação inteligente de satélites para monitoramento oceânico e provisão de dados para os sistemas do Ibama e da Marinha do Brasil.

A base do SisMOM é a integração de dados hidrodinâmicos, atmosféricos e de dispersão de óleo, que já são coletados por satélites e monitoramento aéreo. “A IA entra como um diferencial, aprimorando a previsão de deslocamento de manchas de óleo e permitindo que a resposta a eventuais incidentes seja ainda mais eficiente”, explica o Ibama. Todas as informações geradas serão disponibilizadas em tempo real.

A tecnologia possui financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) desde 2020. O Ibama e o Inpe assinaram o protocolo de intenções para o desenvolvimento do SisMOM em 2023. Para este ano, as instituições planejam assinar um acordo de parceria, que facilitará o intercâmbio de dados e fortalecerá o projeto.

Fonte: Revista Brasil Energia