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Clippings - 19/08/09

Sondas: Odebrecht Óleo e Gás capta US$ 1,5 bilhão

Bancos comerciais e agências de crédito à exportação internacionais já asseguraram à Odebrecht Óleo e Gás a disponibilidade de US$ 1,3 bilhão em financiamento para o andamento das obras de construção dos navios-sondas Norbes VIII e IX, que serão disponibilizados à Petrobras em contratos de afretamento.

Segundo fonte do mercado, a oferta de crédito à Odebrecht somou US$ 1,5 bilhão. Os US$ 200 milhões adicionais, porém, não serão captados, e a participação das instituições financeiras na operação será diluída para se enquadrar ao volume total de US$ 1,3 bilhão.

Desse montante, os bancos comerciais entraram com US$ 770 milhões e as agências de crédito à exportação, com US$ 530 milhões. O custo da parcela dos bancos variou entre 340 pontos-base e 415 pontos-base mais a Libor.

O vencimento é de 10 anos e carência de dois anos – o início da amortização coincide com a entrada em operação dos navios-sondas em campos da Petrobras. O prazo de vencimento da parcela das agências de crédito é de 12 anos.

Esses custos foram considerados adequados para o momento atual, mas ficaram acima do patamar pré-crise. A ideia inicial da Odebrecht Óleo e Gás era realizar a captação em 2008, mas a escassez de crédito provocada pela crise empurrou a operação para este ano.

A empresa optou por montar duas sociedades de propósito específico (SPE) – uma para cada navio – para estruturar um financiamento via project finance. Nesta modalidade, que usa o próprio fluxo de caixa para o pagamento das dívidas, as garantias concedidas às instituições foram os recebíveis da Petrobras. Outra garantia são os próprios navios-sondas, em regime de hipoteca.

BANCOS. Segundo a fonte, 12 bancos participam da operação, que está em fase de conclusão. São eles Banco do Brasil, os portugueses Banco Espírito Santo (BES) e Caixa Geral de Depósitos, o inglês HSBC, os holandeses NIBC e ING, o espanhol Santander, o alemão WestLB e os franceses Calyon, Crédit Industriel et Commercial (CIC), Société Générale e BNP Paribas. Além disso, participam do financiamento as agências de crédito à exportação Korea Eximbank (Coreia do Sul) e Eksportfinans/Giek (Noruega).

A captação foi realizada no mercado externo para casar a dívida com a receita em dólares do contrato de operação e afretamento firmado pela empresa com a Petrobras em 2008, com vigência de dez anos. Os navios-sondas Norbes VIII e IX já estão em construção pelo estaleiro Daewoo, da Coreia do Sul. O valor total do investimento é de US$ 1,7 bilhão, sendo que uma parcela será aportada pela Odebrecht Óleo e Gás com recursos próprios.

Estruturada essa operação, a Odebrecht Óleo e Gás direciona seus esforços para novas oportunidades. A empresa, consorciada com um grupo estrangeiro, participa da concorrência aberta pela Petrobras para o afretamento de navios-plataformas (FPSO) que irão operar nos campos de Iara e Guará, do pré-sal. O valor do contrato é de US$ 1,3 bilhão, válido por 18 anos.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Wellington Bahnemann Da Agência Estado)