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Clippings - 01/12/20

Splenda aposta em 3 bases offshore no Sudeste

Porto de Imbetiba, em Macaé (RJ). Divulgação Splenda Port Group

Com operações em Angra dos Reis, Arraial do Cabo e agora Imbetiba, ambas no Rio de Janeiro, Splenda se posiciona com instalações offshore em pontos estratégicos para atendimento a bacias de Santos e Campos.

A Splenda Port Group se posicionou com operações em três pontos estratégicos para atendimento a setor de petróleo e gás na região Sudeste. O grupo, que atua como concessionário do Terminal Portuário de Angra dos Reis (TPAR) e operador no Porto do Forno, em Arraial do Cabo (RJ), venceu recentemente a concorrência da Petrobras para operar o Porto de Imbetiba, em Macaé (RJ). A empresa acredita que o Norte Fluminense oferece três oportunidades principais relacionadas à logística de gás, aos desinvestimentos de campos maduros pela Petrobras, que atrairá outras empresas, e aos trabalhos técnicos de descomissionamento, que devem começar em 2021.

“Imbetiba foi oportunidade de edital da Petrobras e achamos interessante estar ali prestando serviço de operar todo o porto, sem ter concessão, fazendo trabalho de operador e com sinergia com operações existentes”, disse o CEO do TPAR e sócio da Splenda, Paulo Narcélio, à Portos e Navios. Ele acrescentou que existe uma disputa para quem receberá a destinação da Rota 5 do gás natural: Macaé ou Porto do Açu. A Splenda Port alcançou volume de atracações com média de 130 operações por mês em Imbetiba, sendo responsável pela movimentação dos equipamentos de ancoragem.

O terminal de Angra foi assumido, em janeiro deste ano, para ser uma base logística para as novas operações do pré-sal bem posicionada para novos campos, com a expansão da atividade de exploração do pré-sal em direção ao sul do estado do Rio de Janeiro e a São Paulo. Atualmente, a Bacia de Santos representa grande parte da produção do pré-sal. Dependendo do aquecimento das atividades, o potencial de investimentos em Angra pode chegar a R$ 30 milhões, a ser aportado na compra de máquinas pesadas, como guindastes, empilhadeiras e estruturas de movimentação de grandes bobinas. O TPAR tem uma carteira com oito clientes de operações offshore. Lá são realizadas, em média, mais de 20 operações de atracação por mês.

O Porto do Forno, operado pela Splenda desde maio de 2019, é considerado estratégico pela empresa porque é voltado para Bacia de Campos. Narcelio disse que, embora a Bacia de Campos esteja com produção decrescente, existem novas empresas adquirindo campos da Petrobras. Além disso, o descomissionamento de plataformas com mais de 25 anos de operações são potencial de oportunidades para a base realizar serviços de desmobilização dessas unidades. A unidade em Arraial recebeu cerca de R$ 8 milhões em investimentos no silo de armazenamento de malte e cevada. O porto tem vocação para a movimentação de granéis, com silos com capacidade de até 30 mil toneladas, e também oferece uma base para operações offshore de empresas de O&G.

Narcélio considera como diferenciais a estrutura corporativa enxuta da empresa e estrutura operacional otimizada. Ele observa que houve inchaço do setor em 2014, com uma série de novos projetos, que depois foram sendo reduzidos por conta de uma série de investimentos que não se materializou e foi impactada pela operação Lava Jato e pela depreciação dos preços do barril do petróleo no mercado internacional a partir daquele ano. Narcélio acredita que a atividade de apoio marítimo vai crescer no momento em que os campos do pré-sal perfurados passarem a produzir. “A cadeia de fornecedores como um todo teve que se adaptar. Temos hoje que oferecer condições competitivas para o mercado”, avaliou.

Fonte: Revista Portos e Navios