A Petrobras está preocupada que o swap possa colocar em risco questões comerciais
A discussão em torno do swap – retirada de gás em um ponto diverso do ponto de entrega final – está emperrando o consenso nas discussões da regulamentação da lei do gás, contou o coordenador de energia térmica da Abrace, Percival Franco do Amaral. A Petrobras está preocupada que o swap possa colocar em risco questões comerciais.
O temor da Petrobras seria ter perda de mercado, visto que a empresa deixaria de entregar o volume acordado na troca, principalmente durante o perãodo de exclusividade. “A empresa estaria deixando de ter o mercado que estimou quando construiu o duto”, afirma Amaral.
Nas operações de swap, o gás deixa de ser transportado, sendo retirado do gasoduto em um ponto anterior ao final, abrindo espaço para outro carregamento, o que traria otimização à rede de gasodutos. “A operação gera espaço ocioso que pode ser negociado com novas entregas”, argumenta a gerente do Núcleo de Energia Térmica e Fontes Alternativas da Andrade & Canellas, Mônica Rodrigues de Souza
Mônica considera o swap fundamental também para permitir o acesso de certas distribuidoras ao gás da Bacia de santos, que hoje está restrito a uma região.
O texto da regulamentação da Lei do Gás está na Casa Civil para que seja elaborado um parecer jurídico e deve retornar ao MME na semana que vem.