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Clippings - 23/06/09

Syndarma e práticos fecham acordo

Valores dos serviços de praticagem serão mantidos pelo próximo ano; movimentação de navios caiu 30%, diz Conapra.
O Syndarma (Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima) e 11 cooperativas de práticos do Brasil fecharam acordo para manter os preços cobrados pelos serviços de manobra nos portos pelo próximo ano.

Tradicionalmente, os valores são reajustados, pelo menos, incorporando a inflação. A decisão foi embasada nos efeitos da crise econômica mundial, que derrubou o volume de cargas transportadas e, consequentemente, o número de atracações nos portos brasileiros.

O acordo foi firmado com as associações de práticos de Rio Grande (RS), Itajaí (SC), São Francisco do Sul (SC), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Salvador (BA), Maceió (AL), Areia Branca (RN), Recife (PE), Fortaleza (CE) e São Luís (MA). Ficaram de fora as cooperativas que não operam navios de empresas afiliadas ao Syndarma ou que têm pendências judiciais. A entidade reúne armadores brasileiros que atuam no longo curso, cabotagem, apoio marítimo e apoio portuário.

Também o Centronave (Centro Nacional de Navegação Transatlântica), que reúne a armação de longo curso, nacional e estrangeira, está negociando os valores junto às praticagens, à luz dos efeitos da crise econômica. Os associados do Centronave movimentaram US$ 40 bilhões em 2008 e quase 100% das cargas operadas nos portos brasileiros.

A negociação dos preços entre as partes é usual e ocorre quando os contratos estão prestes a expirar. A diferença entre essa e as demais é que estamos em uma crise sem precedentes. Todo mundo que atua na área marítima está enfrentando dificuldades, porque o número de navios nos portos diminuiu muito, ponderou o diretor do Conapra (Conselho Nacional de Praticagem), Otávio Fragoso, em entrevista ao Guia Marítimo.

Segundo Fragoso, o número de navios nos portos brasileiros nesse ano diminuiu, em média, 30%. Somente em Itaguaí (RJ), por exemplo, a queda foi de 50% na comparação com o mesmo perãodo do ano passado.

Dependendo da situação econômica, tem havido reajuste no sentido de atualizar os preços. Não temos aumento há algum tempo, apenas reajuste de acordo com a inflação. O acordo que se chegou com o Syndarma foi para manter o valor nominal do contrato, disse Fragoso.
Fonte: Guia Marítimo / Acesso: 23/06/09