Sete homens desapareceram no naufrágio do pesqueiro Estrela do Mar IV, que virou na madrugada de sábado no litoral de Itaúnas, balneário de Conceição da Barra, no norte do Espírito Santo. Conforme Élida Varela, mulher do mestre da embarcação, os sete são gaúchos. Moradora de Rio Grande, Élida foi para o sul da Bahia acompanhar as buscas.
Informações da Capitania dos Portos do Espírito Santo dão conta que o barco de 28 metros, que levava 17 pessoas, é de uma empresa registrada em Santa Catarina, a Oceânica. O naufrágio teria ocorrido às 2h de sábado, na divisa do litoral capixaba com o da Bahia. Dez homens conseguiram se salvar em uma boia e apareceram na orla de Mucuri, no extremo sul da Bahia.
Eles teriam sido avistados por moradores, que entraram no mar para retirar os sobreviventes, já exaustos. Eles foram alimentados, receberam roupas, e dois deles foram medicados. Em seguida, seguiram até a delegacia da cidade para registrar ocorrência. A colônia de pesca Z 35 providenciou um veículo para levar os náufragos a Vitória (ES).
Segundo a Capitania dos Portos de Santa Catarina, embora a empresa dona da embarcação seja catarinense, não havia confirmação de tripulantes daquele Estado no barco. Um navio, dois aviões e um helicóptero da Marinha integraram a operação de busca por sobreviventes.
Famílias gaúchas buscam informações
A Capitania dos Portos do Espírito Santo deu início às buscas com 200 homens. À meia-noite, a Fragata Constituição também se juntaria à operação, levando um helicóptero.
— Sempre temos esperanças de encontrar alguém à deriva — disse Paulo Cesar Bessa, capitão de mar-e-guerra.
Ainda na noite de ontem, o navio foi localizado distante 37 quilômetros da costa capixaba. Emborcado, apenas o casco era visível. As equipes de busca vasculharam a área ao redor do pesqueiro, mas não encontraram ninguém. Familiares de pescadores da região de Rio Grande teriam começado a receber informações sobre o acidente na manhí de domingo. Rogério Lisboa, 21 anos, confirmou ontem à noite que seu irmão Roger Lisboa, 25 anos, é cozinheiro do Estrela do Mar IV e estaria no barco.
— Pelo menos quatro são de São José do Norte. Um deles a gente tem informação de que está em terra e ligou de um orelhão para a família. Não conseguimos contato com a empresa nem com autoridades — explicou Rogério.
O jovem disse que informações sobre o acidente começaram a chegar por meio de amigos. (Zero Hora)