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Clippings - 08/06/11

Total faz do Brasil polo de bioenergia

O presidente de gás e energia da petroleira francesa Total, Philippe Boisseau, já avisou que a empresa está em vias de entrar no processamento de cana-de-açúcar no Brasil. Mas não para fabricar etanol combustível, como já fazem suas concorrentes Petrobras, Shell e BP. Em entrevista ao Valor durante evento (Ethanol Summit) em São Paulo, o executivo explicou que o objetivo da multinacional é buscar no país matéria-prima – o caldo de cana – para fomentar seu avanço global em bioenergia de segunda geração. O plano é incluir no portfólio bioquerosene, biodiesel e biolubrificantes feitos a partir da cana. O grupo projeta investir globalmente € 5 bilhões em fontes de bioenergia até 2020, incluindo solar. Boisseau explicou que na sustentação tecnológica desse projeto está a americana Amyris, da qual a Total é a maior acionista global, com 22% de participação.

A americana está no Brasil há cerca de dois anos com parcerias com alguns dos maiores grupos do segmento sucroalcooleiro, como Cosan e São Martinho. Seu foco é desenvolver leveduras para converter açúcar em compostos químicos. Com a Amyris, a Total já tem contratada uma produção de químicos equivalente a uma moagem de 6 milhões de toneladas de cana. Em breve, afirmou o executivo, esse contrato será ampliado para que, em quatro anos, o volume fornecido seja equivalente ao processamento de 13 milhões de toneladas. Quinta maior companhia de gás e petróleo do mundo, a Total não tem previsão exata do montante que deverá investir no Brasil nos próximos anos. Mas, como uma referência, temos planos de aplicar € 5 bilhões em todas as áreas definidas por nós em bioenergia até 2020, reiterou.