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Clippings - 26/08/10

Trade global deve sofrer alterações com final da alta temporada

O excesso de tonelagem no mercado global pode significar tempos mais difíceis no final de 2010 e início de 2011, segundo estudo da Sea-Axis. O último relatório econômico trimestral do locador de contêineres mostra que as linhas podem voltar a usar as medidas aplicadas na crise de 2009: posicionamento de navios em lay-up e utilização da política de redução de velocidade para ajudar a amenizar as consequências.

Embora as companhias marítimas apostem em outro trimestre com bons resultados operacionais, o autor do relatório, Philippe Hoehlinger, alerta que as rotas de comércio mais importantes devem sofrer alterações drásticas após a temporada de pico, durante o último trimestre de 2010.

Em seu resumo do terceiro trimestre, provocativamente intitulado Buracos na estrada para a recuperação, Hoehlinger escreve: A economia dos EUA continua dando sinais confusos sobre sua recuperação, que pode ser mais fraca do que inicialmente esperada. O crescimento real do PIB abrandou devido a maiores déficits comerciais e desaceleração nos investimentos de estoques.

Senhor Hoehlinger, que faz uso de leque amplo de indicadores de comércio e indústria marítima em seu relatório, diz que os mercados permaneceram nervosos no terceiro trimestre e que a performance do índice de preços das companhias de contêineres foi bem menor do que de outras indústrias.

Isso ocorreu devido ao aumento da incerteza no setor marítimo, apesar do fato de que os últimos resultados financeiros terem apresentado um melhor desempenho operacional em níveis sem precedentes desde a crise de 2008.

A Sea-Axis espera que os comércios internos da Ásia e Europa devem manter-se relativamente estáveis nos próximos 16 meses, com alguns altos e baixos, principalmente devido a fatores sazonais. A Intra-Ásia deve continuar relativamente forte, enquanto intra-Europa deve continuar a ser relativamente fraca, aposta o estudo. Além disso, a companhia prevê que os trades do oriente e ocidente sofrerão de uma situação de excesso de oferta a partir do final de 2010 para, pelo menos até a segunda parte de 2011.

Hoehlinger acrescenta: A maioria dos analistas concorda que o crescimento do volume de carga voltou à tendência histórica de 10% de aumento anual. No entanto, a capacidade dos navios disponíveis deve ter aumento de 16% em 2010 e outros 13% até o final de 2011, principalmente devido à redistribuição massiva e mais rápida do que o esperado da frota ociosa e estaleiros finalmente compensado o atraso nas entregas das embarcações.

Como resultado, a indústria está caminhando para o excesso de oferta de capacidade, que atingirá o seu pico no primeiro trimestre de 2011 e depois terá uma recuperação gradual, segundo o analista.