A Transocean informou nesta quinta-feira (27) que foi notificada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro sobre a liminar que obrigará a empresa a suspender, em 30 dias, as atividades de suas nove sondas em operação no Brasil.
A determinação judicial ocorre por conta do processo que a empresa responde pelo vazamento de petróleo no campo de Frade, na bacia de Campos, no ano passado.
A empresa responde o processo juntamente com a petrolífera norte-americana Chevron, operadora do campo.
A Transocean afirmou também que está buscando vigorosamente suspender a decisão da Justiça em instâncias superiores.
A empresa está buscando vigorosamente anular ou suspender a liminar, incluindo uma apelação ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirmou a Transocean em um comunicado. Caso não haja nenhum relaxamento da decisão judicial, a empresa será obrigada a cumprir a liminar.
A empresa afirmou que está avaliando contratos e buscando colaborações com clientes para determinar ações apropriadas com respeito às operações no Brasil.
Principal empresa produtora de petróleo no Brasil, a Petrobras afirmou na semana passada que iria trabalhar para ajudar a Transocean a reverter a decisão, o que poderia paralisar a exploração e o desenvolvimento de alguns dos mais promissores projetos da estatal em águas profundas.
A Transocean, que é a maior fornecedora do mundo de sondas em alto-mar, avisou há duas semanas, depois que a paralisação foi confirmada pela Justiça, que ela não tinha certeza de que poderia reverter a decisão em tempo de evitar que as sondas passassem a ter receita zerada por algum tempo. O Brasil representa 11 por cento da receita da Transocean.