A Transocean informou nesta segunda-feira (10), em nota publicada na Securities and Exchange Commission (SEC, na sigla em inglês), órgão regulador do mercado de capitais americano, que negociou um acordo de US$ 1,5 bilhão com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para solucionar as reivindicações civis e criminais sobre o desastre na plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México.
A companhia admitiu que ainda existem pontos fundamentais para aperfeiçoar antes que possa fechar um acordo com o departamento. É necessário especificar quais reclamações serão incluídas em um processo e o perãodo para o pagamento.
Se houver um acordo, a Transocean estima que não excederá os US$ 2 bilhões que a companhia já separou para cobrir os custos. Em abril de 2010, uma explosão em um poço
perfurado pela Transocean, que foi alugado pela BP, matou 11 pessoas, no pior acidente petrolífero da história dos Estados Unidos.
A companhia disse que as negociações com a BP e um grupo de milhares de demandantes estão congeladas desde fevereiro, quando ambos fizeram ofertas muito acima do que a
Transocean desejava pagar. As propostas superavam os valores discutidos com o Departamento de Justiça, disse a empresa.
Em um comunicado divulgado na última semana, em resposta ao pedido da BP para aceitar um pacto de US$ 7,8 bilhões com o Comitê Gestor dos Requerentes, sobre as perdas
econômicas e os danos à propriedade, o Departamento de Justiça disse que a Transocean cometeu atos e omissões“ que estavam inexoravelmente ligados à “negligência grosseira e à dolosa conduta” da BP.
Collin Gerry, analista da Raymond James, disse que a Transocean não respondeu muitas questões sobre quando um acordo poderia ser atingido.
O documento deixa alguma certeza sobre a atual responsabilidade, mas o cronograma ainda é desconhecido, conclui Gerry.