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Clippings - 14/03/25

Transpetro avalia novos investimentos em ship to ship, inclusive na Margem Equatorial

A subsidiária de logística da Petrobras expandiu em 9,2% sua presença no segmento de movimentação de produtos entre navios, no ano passado. O plano, agora, é abrir novas frentes de negócio e, para isso, conversa com possíveis parceiros em cinco projetos

Operação de ship to ship da Transpetro no Maranhão (Foto: Divulgação/Transpetro)

A Transpetro quer ampliar sua presença no negócio de ship to ship e, para isso, tem feito um trabalho de identificação de oportunidades de mercados. Uma das alternativas é a Margem Equatorial. O investimento depende, no entanto, da liberação da licença de exploração pelo Ibama para a Petrobras, controladora da empresa. 

A região das bacias de Campos e Santos também é forte candidata a receber investimento, sobretudo nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Já o Nordeste do país entra no páreo ancorado pelas perspectivas de crescimento da produção de petróleo. 

Ao todo, estão sendo avaliadas cinco novas oportunidades de negócios, em diferentes pontos do país. Uma delas já é conhecida. Um memorando de entendimento foi assinado com o Grupo Imetame para avaliar o arrendamento de dois berços de atracação no porto multipropósito que está sendo construído em Aracruz (ES), ao lado do Terminal Barra do Riacho, operado pela Transpetro. O plano é definir a parceria ainda neste primeiro semestre para iniciar a operação em 2028. 

O arrendamento de áreas é uma das alternativas de investimento entre as cinco analisadas pela empresa, que poderá também colocar dinheiro diretamente na construção de novos píeres ou entrar em sociedades, inclusive com empresas petrolíferas privadas. O início da operação desses projetos, no entanto, não acontece antes do prazo de três anos, passada a fase de conversa com possíveis parceiros e de desenvolvimento dos projetos. 

O ship to ship é um modelo de operação em que um navio atraca ao lado de outro para transferir petróleo e derivados. Assim, apenas um berço é ocupado, o que abre espaço para outras embarcações atracarem. Atualmente, a Transpetro oferece o serviço em 13 locais no Brasil. Ela argumenta ser possível reduzir em 30% o custo de transporte com essa solução. 

Gerente de Desenvolvimento de Negócios da subsidiária da Petrobras, Robervalter Capirunga comemora o crescimento de 9,2% desse segmento de negócios dentro da empresa no ano passado, comparado ao anterior. Foram 959 operações realizadas, frente a 878 registradas em 2023. A expansão foi impulsionada, principalmente, por um fato sazonal: uma seca intensa na região Norte do país. 

A navegação e o uso das infraestruturas locais foram afetados e consumidores foram obrigados a encontrar alternativas para movimentar petróleo e derivados. Com isso, a Transpetro ampliou sua presença local em 32%, no período, passando de 247 para 325 operações, de 2023 para 2024, sobretudo no Amazonas. 

“A presença da Transpetro foi fundamental para garantir o abastecimento de combustíveis na região”, afirmou Capirunga. 

A empresa ainda foi beneficiada pelo bom momento do segmento exploratório no Nordeste, participando do abastecimento do diesel marítimo usado na movimentação de equipamentos para empresa do setor com atuação local, que não teve o nome revelado pela Transpetro. No Ceará, o número de operações passou de dois para 14 e, em São Luís (MA), de quatro para 17. 

A Transpetro espera ampliar sua presença na capital maranhense com a ampliação do ship to ship a mais um berço no Porto de Itaquí. Em fevereiro, a empresa realizou uma operação que vai possibilitar a atracação de mais uma embarcação no porto e a realização de outras duas, simultaneamente.

Fonte: Revista Brasil Energia